11 mitos e verdades sobre o AVC

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Foto: Corbis

No Brasil, o Acidente Vascular Cerebral (AVC), popularmente conhecido como derrame, representa a primeira causa de morte e incapacidade, gerando impacto econômico e social. Segundo o Ministério da Saúde, em 2009, foram registrados 68,9 mil óbitos por AVC. O órgão deve investir, até 2014, R$ 437 milhões para ampliar a assistência a vítimas da doença. Com base nesses dados preocupantes, confira os mitos e as verdades sobre o AVC e suas causas.

1 – Existem diferentes tipos de AVC.
Verdade. Existem dois tipos de AVC, o hemorrágico e o isquêmico. O primeiro ocorre devido ao rompimento de um vaso intracraniano, causando uma hemorragia cerebral. Já o isquêmico acontece em função do entupimento de uma artéria que leva o sangue para nutrir o cérebro e quando não tratada a tempo, pode ser irreversível.

2 – Diversos fatores podem causar AVC.
Verdade. No AVC hemorrágico as principais causas são hipertensão arterial, aneurismas e malformações arteriovenosas. Nos isquêmicos são êmbolos (coágulos), que podem ser originados do coração ou das artérias que levam o sangue ao cérebro, como as carótidas e as artérias vertebrais, vindo a obstruir a circulação em determinada área.

3 – O AVC não apresenta sintomas.
Mito. Os principais sintomas ligados ao AVC hemorrágico são dor de cabeça de início súbito e muito forte, associados a náuseas, vômitos, perda de força, dormência em um lado do corpo ou até desmaio. Em relação ao isquêmico, os principais sinais são perda de força ou dormência em um lado do corpo, alterações na fala, visão dupla, dificuldade no equilíbrio ou boca torta.

4 – Caso algum sintoma seja detectado, a pessoa deve ser socorrida imediatamente.
Verdade. Os médicos recomendam contatar um serviço de ambulância o mais breve possível, para que a pessoa possa ser levada prontamente ao hospital para diagnosticar e tratar a doença.

5 – O tempo para socorrer a pessoa não influência no tratamento.
Mito. O tempo de ação e o encaminhamento são essenciais para o tratamento eficaz. Se o indivíduo for atendido em até seis horas após o início dos sintomas, o médico pode fazer a desobstrução da artéria. No caso do isquêmico, por exemplo, o rápido atendimento previne a lesão permanente da área do cérebro afetada e diminui a chance de sequelas e morte. Já nos diagnósticos hemorrágicos, o tratamento precoce também evita lesões permanentes, diminui a mortalidade e chance de uma nova hemorragia.

6 – Apenas idosos podem ter derrame.
Mito. Qualquer adulto pode ter a doença. No entanto, o hemorrágico acomete pacientes mais jovens.

7 – A genética pode ser uma causa do AVC.
Verdade. Assim como nos casos de infartos cardíacos, a chance de uma pessoa ter um AVC quando há casos na família é maior. Por isso, o paciente deve ser acompanhado preventivamente e com mais cuidado.

8 – Pessoas com doenças crônicas, como hipertensão e diabetes, estão mais propensos a ter um AVC.
Verdade. As doenças crônicas, mesmo controladas, ao longo do tempo causam lesões vasculares que progressivamente obstruem ou fragilizam os vasos. Nesses casos, o paciente deve ter acompanhamento médico regular e realizar exames preventivos.

9 – Em todos os casos de AVC são necessários procedimentos cirúrgicos.
Mito. As cirurgias são indicadas em alguns casos de AVC isquêmico, como quando a área cerebral afetada possui extensos coágulos e não é possível fazer a desobstrução da artéria, quando há uma hemorragia extensa e que o sangue precisa ser drenado ou em alguns casos de aneurismas nos quais o tratamento endovascular (cateterismo) não seja indicado.

10 – Após o repouso, a pessoa que teve AVC pode voltar a sua rotina.
Verdade. Após a alta hospitalar, caso não ocorram sequelas e o tratamento tenha sido um sucesso, a pessoa pode retomar sua vida cotidiana. Porém, vale ressaltar que o paciente deve manter o acompanhamento médico para controle dos fatores de risco.

11 – O AVC não deixa sequelas.
Mito. As sequelas dependem, principalmente, do tempo que se levou para iniciar o tratamento. Caso o paciente seja atendido dentro das primeiras seis horas após o início dos sintomas, as chances de sequelas caem significativamente, embora não possam ser excluídas. As principais sequelas são fraqueza em um lado do corpo, alteração da fala e equilíbrio, sendo variável o grau de regressão após a reabilitação.

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