15 verdades sobre o câncer de mama

câncer de mama

Foto: Corbis

No mundo todo, o tipo de câncer mais comum entre as mulheres é o de mama. O problema quando detectado precocemente, ou seja, logo no início de seu desenvolvimento, tem quase 100% de chances de cura. Um número para lá de otimista. Mas nem todo caroço no seio é sinal da doença. Aprenda a reconhecer os sintomas e a evitar que esse mal prejudique sua saúde. O que muita gente não sabe é que o câncer não pode ser evitado quando acontece, porém, pode ser prevenido, tratado e curado. O mastologista Henrique Alberto Pasqualette, diretor do Centro de Estudos e Pesquisas da Mulher – Cepem no Rio, esclarece sobre informações fundamentais da doença.

1 – Um nódulo nas mamas pode levar de quatro a 10 anos até que atinja um centímetro de tamanho. Por isso o exame de mamografia é tão importante na identificação precoce de um tumor.

2- A primeira mamografia deve ser feita aos 40 anos. Ela servirá de referência para as próximas. Assim, o médico poderá comparar todos os exames na hora de estabelecer um diagnóstico. Após os 40 anos, a mamografia deve ser feita pelo menos uma vez por ano.

3- Acontece que 15% a 30 % dos casos de câncer de mama não são detectados pela mamografia convencional. Isso ocorre quando não há formação ou quando eles possuem a mesma densidade das mamas ou quando estão “escondidos” dentro do tecido mamário normal o que impossibilita sua visualização. A mamografia digital, ou uma ultra-sonografia mamária ou ressonância magnética, podem ser necessário.

4- Estima-se que 98% dos casos de câncer de mama identificados precocemente são curados.

5- O auto-exame das mamas deve ser feito todos os meses, na mesma época, após a menstruação. No entanto, ele só é capaz de identificar caroços com mais de dois centímetros, por isso a importância da mamografia. Durante a realização do auto-exame, verifique também se a pele dos seios está com aparência anormal (enrugada) e se há vermelhidão no local. Se notar algo parecido, é hora de procurar um especialista.

6- Estima-se que 90% dos nódulos nas mamas são benignos. Ou seja, são tumores que não produzem metástases e podem ser retirados sem prejudicar a saúde. Eles são chamados de fibroadenomas. Muitas mulheres optam por não retirá-los. Mas a cada seis meses precisam se submeter a um exame no consultório para garantir que tudo está bem.

7- Homens também podem ter câncer de mama. Mas a incidência é de 1% daquela incidência observada em mulheres, ou seja, de cada câncer de mama masculino teremos 100 cânceres de mama femininos. Nesse caso, o tratamento é o mesmo prescrito para as mulheres.

8- Nada justifica o medo do exame de mamografia. São poucas as mulheres que apresentam desconforto durante o procedimento. E hoje, existe a opção da mamografia Tomossíntese em 3D, a mais nova aposta dos especialistas no rastreio do câncer de mama. Além de reduzir o tempo do exame, que antes era de 30 minutos para a mamografia convencional e 5 minutos para a mamografia digital; a tomossíntese leva apenas alguns segundos. Ele ainda possibilita o médico observar o tecido mamário em várias imagens de vários ângulos, o que antes não era possível na mamografia digital. Eliminando assim, a superposição de tecidos, melhorando a visualização dos contornos das lesões e aumentando entre 10% e 15% a detecção da doença. Isso representa um resultado de até 85 a 90 % de acertos.

9- De acordo com informações do Instituto Nacional do Câncer (Inca), mulheres que fazem parte do grupo de risco devem estar mais atentas na realização dos exames clínicos (feito pelo médico no consultório), do auto-exame e da mamografia. São elas: mulheres com um ou mais parentes de primeiro grau (mãe, filha ou irmã) que tenham ou já tiveram a doença com menos de 50 anos.

10- Se a mulher tem próteses de silicone nos seios, basta informar ao médico antes de se submeter à mamografia para que os procedimentos sejam os mais adequados para uma visualização completa da mama.

11- Estudos indicam que mulheres obesas têm pelo menos 20% a mais de chances de adquirir a doença, uma das explicações em discussão seria que o tecido gorduroso produziria mais hormônio feminino que representaria uma sobrecarga estrogênica a nível do tecido mamário induzindo substancias locais a estimular a proliferação celular.

12- Os tratamentos estão cada vez mais sofisticados e menos invasivos. Antigamente, a maioria das mulheres com a doença precisava passar por cirurgia e retirar toda a mama. Hoje, na maioria dos casos uma pequena parte (geralmente aquela onde se encontra o tumor) é removida.

13- Dores na mama raramente estão relacionadas ao câncer no local. Aliás, elas são um tanto comuns no período pré e menstrual.

14- Quanto mais idade tem a mulher, mais aumentam as possibilidades de vir a desenvolver o câncer de mama. Aproximadamente 60% da incidência deste tipo de câncer se dá em mulheres com mais de 60 anos. Após os 75 anos, no entanto, o risco volta a cair.

15- Para se confirmar se o tumor detectado pelo método de imagem é maligno, é necessário realizar um estudo histopatológico daquela região. Para tal, é realizada uma biópsia que pode ser feita através de cirurgia ou de uma punção percutânea. Como o tumor em questão não é palpável e não se tem nenhuma referencia externa de onde se encontra, nesse caso, é lançado mão de métodos de imagem para sua perfeita localização e orientação que são: Estereotaxia – método radiológico que através de um processo de triangulação, o computador fornece sua localização espacial, permitindo ao médico inserir uma agulha com exatidão na área a ser estudada. É o procedimento mais utilizado em caso de microcalcificações e pequenos tumores vistos ao RX; a Ultrassonografia mamaria – método que utiliza o ultrasom para a sua localização, utilizado em nódulos vistos àquele método; Ressonância mamária – Utilizado quando a área em questão só foi vista por este método.
Quanto às punções percutâneas, temos: Punção por agulha grossa ou Core – Needle – onde é retirado pequenos fragmentos para estudo histopatológico; a Mamotomia ou biópsia percutânea a vácuo – que retira quantidade maiores de material, permitindo sempre um estudo mais confiável do ponto de vista histopatológico e a Biópsia cirúrgica – reservada para situações especiais, feita sob anestesia em ambiente cirúrgico, onde é utilizado um fio metálico ou um rádio traçador introduzido por estereotaxia ou ultrassonografia, onde o cirurgião retira a área para estudo.

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