A Rinite Alérgica e os distúrbios do sono

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Foto: Corbis

Existem vários tipos de rinite, entre elas, a rinite medicamentosa, a rinite vasomotora e a rinite alérgica, sendo a última uma grande vilã para um sono reparador. Muito freqüente durante a primavera, devido às alterações climáticas e à presença de pólen no ar, este tipo de alergia é uma das grandes causadoras de distúrbios do sono, uma vez que gera micro despertares, redução do tempo de sono, ausência de sono REM ( movimentos oculares rápidos ) e alterações eletroencefalográficas.

O sono é dividido em várias fases, sendo a mais importante, ou seja, a que a pessoa consegue descansar e aprofundar o sono, chama-se sono REM. Para ser possível alcançar esta fase com maior eficácia, é necessário que o sistema respiratório esteja funcionando bem, pois a oxigenação cerebral precisa estar em pleno funcionamento. A rinite alérgica pode prejudicar esta boa perfusão de oxigênio cerebral, além de predispor ao aparecimento de várias doenças como asma, bronquite, sinusite e alterações estruturais nas vias respiratórias como o desvio de septo nasal, diminuindo significativamente a qualidade do sono.

“Alguns sintomas como ronco, apnéia, sensação de fadiga ou sonolência diurna são distúrbios que podem ser decorrentes de efeito mecânico direto ( obstrução das vias aéreas superiores ) ou efeitos indiretos ( ação das citocinas e outros mediadores inflamatórios no sistema nervoso central ) naqueles que apresentam a rinite alérgica. É comum haver queixas do aumento da obstrução nasal à noite ao se deitar. Este fenômeno parece ser influenciado pelo ritmo circadiano, pois costuma haver congestão da mucosa nasal durante a noite e nas primeiras horas da manhã”, afirma o Alergista e Imunologista, Dr. Marcello Bossois.

A rinite alérgica se parece muito a um resfriado, sendo causada por alergia, em especial à poeira, ácaros e pólen, alergeno muito presente na primavera. Embora não seja uma doença grave, pode se tornar muito incômoda, causando espirros repetidos, coriza líquida e abundante, com coceiras no nariz, olhos, ouvidos e garganta. Com o passar do tempo, pode acometer outros locais próximos, surgindo outros problemas como sinusites, otites, amigdalites e faringites.

“Medidas como lavar as narinas com soro fisiológico, diariamente, além de usar medicamentos tópicos a base de corticosteróides, são fundamentais para o controle de rinites alérgicas. Corrigir cirurgicamente alterações mecânicas que possam estar associadas ao quadro de rinite como polipose nasal, cistos de retenção nos seios da face e desvios de septos nasais também são válidas para acabar com o problema. Além disso, as medidas gerais para o controle da alergia, como o controle de ambiente e o uso da imunoterapia ajudam muito”, alerta Dr. Bossois.

O tratamento da rinite alérgica passa pela realização de um teste alérgico, já que auxilia muito em seu diagnóstico, além de se concluir quais são os verdadeiros causadores deste problema em cada paciente. O controle do ambiente também deve ser feito, com a forração do colchão e travesseiro com vulcanapa impermeável, a retirada de carpetes, tapetes, cortinas, bichos de pelúcia e qualquer objeto que possa acumular poeira, o que irá diminuir a incidência da rinite com fundo alérgico. Além disso, a administração da imunoterapia, mais conhecida como as vacinas contra as alergias, pode ser muito útil em determinados casos.

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