Alimentos que causam enxaqueca

Estima-se que, ao longo da vida, todo mundo tenha, no mínimo, um episódio de dor de cabeça, especialmente, a enxaqueca. Este tipo de cefaleia interfere de forma bem significativa na qualidade de vida, alterando o humor e diminuindo a produtividade nos estudos ou no trabalho.

O que poucas pessoas sabem é que há vários fatores que desencadeiam a enxaqueca, como alguns alimentos, dentre eles:

1- Glutamato monossódico, que realça o sabor de alimentos industrializados;
2- Condimentos e aditivos existentes em produtos enlatados, defumados e carnes processadas;
3- Queijos amarelos e outros derivados do leite;
4- Chocolate;
5- Adoçante à base de aspartame;
6- Molho vermelho de massas e pizzas;
7- Salsichas;
8- Pães e biscoitos de água e sal com queijo e nozes;
9- Nozes e outras sementes;
10- Cafeína (embora alguns pacientes, na verdade, melhorem as crises com ela).

É difícil perceber se foi um determinado alimento que desencadeou a enxaqueca. Cabe ao paciente associar a ingestão do alimento com o desencadeamento da crise, ou mesmo notar se as crises cessam ao evitar este alimento.

Uma maneira fácil de lembrar quais alimentos desencadeiam enxaqueca é pensar no cardápio principal das grandes lojas de fast-food, um “prato cheio” para as crises. Por outro lado, os alimentos que devemos incentivar enxaquecosos a ingerir são: carnes, aves e peixes frescos, queijo branco, leite desnatado, pães brancos, aspargos, cenoura, beterraba, espinafre, tomate, brócolis, alface, ameixa, maçã, damasco, pêssego e pera.

Os principais fatores que contribuem para que determinados alimentos desencadeiem a enxaqueca são características dos próprios alimentos (como a capacidade de promover vasodilatação) e a susceptibilidade genética, motivo pelo qual nem todos os enxaquecosos desenvolvem crises quando expostos ao mesmo tipo de alimento/produto, ou pior, no caso da cafeína, alguns melhoram e outros pioram. Em alguns casos, a enxaqueca deflagrada pela alimentação pode indicar até outros problemas como intolerância à lactose ou doença celíaca.

O fato de a dor ser desencadeada ou não por um alimento não muda o tratamento da crise aguda, na qual se usam medidas comportamentais (repouso, pouca luz) e farmacológicas (analgésicos específicos para enxaqueca, como os triptanos). A questão diz respeito à prevenção, na qual, futuramente, o indivíduo deve ser orientado a evitar a exposição a este fator desencadeante.

Em geral, o tratamento da enxaqueca crônica leva em consideração orientar o paciente a reduzir o uso de analgésicos e tomar medicações preventivas para dor por, pelo menos, seis meses, ininterruptamente. Normalmente, levamos em consideração as comorbidades do indivíduo para escolher este preventivo.

Assim, é importante que o indivíduo com dor de cabeça reconheça que muito mais do que se automedicar o fator determinante no sucesso do tratamento será reconhecer a dor em toda sua complexidade, por exemplo, seus fatores desencadeantes como os alimentos, e que procurar o auxílio de um profissional médico para isto será sempre o melhor caminho.
Por Dr André Felicio, neurologista, doutor em ciências pela UNIFESP, membro da Academia Brasileira de Neurologia, pós-doutor pela Universityof British Columbia, no Canadá, e médico pesquisador do Hospital Israelita Albert Einstein.

Redação Vida Equilíbrio

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