amfAR lança iniciativa para encontrar a cura para o HIV / Aids até 2020
A amFAR, Fundação para Pesquisa da AIDS, lança a ação “Countdown to a Cure for HIV/AIDS” (Contagem Regressiva para a Cura do HIV), uma iniciativa de pesquisa que visa a encontrar a cura para o HIV amplamente aplicável em 2020. Com o objetivo de investir 100 milhões de dólares em pesquisas sobre a cura do vírus nos próximos seis anos, a “Countdown to a Cure for HIV/AIDS” terá início oficial no baile anual da amfAr em Nova York, que acontece nesta quarta-feira, 5 de fevereiro.
“Uma década atrás, a cura do HIV foi considerada por muitos, se não por todos, da comunidade científica, como algo impossível”, afirma Kevin Robert Frost, CEO da amfAR. “Mas a ciência deu grandes passos nos últimos anos e, atualmente, há um consenso generalizado entre os pesquisadores de que uma cura para o HIV é possível e inclusive provável.”
“Hoje estamos em um momento histórico na luta contra a AIDS”, acrescentou o Presidente do Conselho da amfAR, Kenneth Cole. “Com uma economia crescente, os recentes avanços tecnológicos e o dinamismo da comunidade científica, agora é a hora de nos comprometermos a encontrar uma cura acessível e, finalmente, por fim à epidemia global de HIV / AIDS.”
Desde a descoberta da doença há quase 30 anos, a amfAR tem estado na frente das pesquisas do HIV / AIDS e foi a primeira organização a incentivar constantemente pesquisas sobre o HIV focadas na cura. Em 2010, a Fundação lançou o Consórcio de Pesquisa sobre a Erradicação do HIV (CPEH), que apoia equipes de cientistas nas principais instituições de pesquisa ao redor do mundo, em um esforço direcionado para explorar potenciais estratégias para eliminar a infecção pelo HIV.
“Countdown to a Cure for HIV/AIDS” é projetada para engrenar a intensidade desses esforços e dar concentração absoluta à pesquisa da amfAR nos próximos anos. A amfAR também pretende formar um “Conselho de Cura”, um grupo de voluntários que inclui alguns dos principais pesquisadores do mundo de HIV / AIDS para garantir que os investimentos serão feitos nas áreas mais promissoras.
“Há um consenso de que o obstáculo principal para a cura são os reservatórios de HIV que persistem em várias partes do corpo, impermeáveis à terapia antirretroviral”, diz a Dra. Rowena Johnston, vice-presidente e diretora de pesquisa da amfAR. A amfAR estabeleceu um “roteiro de pesquisa” que identifica os quatro passos necessários para eliminar esta barreira: mapear as localizações precisas dos reservatórios; entender como o HIV resiste dentro deles; precisar a quantidade de vírus; e, finalmente, eliminar o vírus.
O caso do “Paciente de Berlim”, relatado em 2008, foi um divisor de águas no campo da pesquisa do HIV e uma prova de que a cura é possível. Em 2013, pesquisadores financiados pela amfAR foram capazes de documentar o primeiro caso de uma criança a ser curada e um grupo de pacientes na França que foram considerados em remissão (ainda soropositivos, mas sem tratamento por longos, sem nenhum sinal de progressão da doença).
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Redação Vida Equilíbrio