Angústias de mãe: Quando febre e diarreia representam riscos à saúde da criança

criança dor de garganta

Foto: Corbis

Nesta época do ano, as mudanças bruscas de temperatura e a baixa umidade do ar resultam na proliferação de viroses transmitidas em locais fechados e com grande volume de pessoas. Por terem o sistema imunológico mais frágil, as crianças são diversas vezes afetadas por gripes e resfriados que podem evoluir para quadros mais graves que geralmente acabam com a tranquilidade das mães.

Febre, mal-estar e diarreias estão entre as complicações mais comuns que se desencadeiam a partir do contato com esses vírus. De acordo com a pediatra Alessandra Cavalcante, do Hospital e Maternidade São Luiz, a doença diarréica aguda, que se manifesta por meio do aumento no número de evacuações, com fezes aquosas ou de pouco consistência, é a síndrome que mais se desenvolve como virose, principalmente em crianças. “Durante a troca de estações é natural receber pacientes com as mesmas queixas. Diarréia, vômito, febre. O quadro dura cerca de 14 dias e é decorrente de dois causadores principais, o RotaVírus e o AdenoVírus. Quando tais vírus estão acompanhados de quadros respiratórios se tornam maioria em internações”, explica.

Segundo dados do Ministério da Saúde, de 2000 a 2011 foram notificados mais de 30 milhões de casos de doença diarréica aguda no Brasil, se instalando em crianças de 1 a 4 anos, principalmente. O tratamento é sintomático, ou seja, não existe um único medicamento a ser indicado e a hidratação da criança se torna prioridade. “É importante que os pais se mantenham calmos e atentos às mutações da virose. O ideal é ingerir muito líquido, inclusive o soro. Não adianta se preocupar inteiramente com a alimentação, pois a criança perde grande parte do apetite e, dependendo da idade, deve-se tomar cuidado com os alimentos que soltam o intestino, como doces e refrigerantes. Apesar de preocupante, um caso de doença diarréica aguda não necessita de internação, a princípio. Normalmente a desidratação é a responsável pela internação, mas isso ocorre em casos raros”, comenta a pediatra Alessandra Cavalcante.

Crianças que ficam em escolas ou creches são as mais acometidas por conta do ambiente fechado, eventual troca de chupetas, copos ou mamadeiras. Os adultos também estão suscetíveis à essas viroses, mesmo que em número menor. Por isso é importante sempre lavar bem as mãos e fazer do uso do álcool gel um hábito. Ainda segundo a Dra. Alessandra, o que mais costuma preocupar as mães é o estado febril das crianças, que pode aparecer por dois ou três dias. Se a criança não apresentar melhoras é o momento de levá-la ao pediatra. “Em casos mais graves, a criança também pode apresentar sangramento nas fezes, o que pode significar um quadro de infecção e o tratamento passa a ser à base de antibióticos. Para baixar a febre, a mãe pode usar um analgésico antitérmico, dar um banho mais morno ou tirar parte da roupinha da criança”, completa.

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