Aprenda a tratar corretamente os traumas ortopédicos da criança

criança braço quebrado

Foto: Corbis

Os casos de doenças traumáticas em crianças aumentaram muito nos últimos anos e isso ocorre devido aos riscos inerentes em suas atividades diárias. A imaturidade e grau de exposição acontecem ainda em maior número nas populações de baixo nível social, econômico e cultural, onde as campanhas de prevenção do acidente e a cultura de proteção à criança são muito menos desenvolvidas e/ou assimiladas.

De acordo com Dr. Miguel Akkari – chefe do departamento de Ortopedia Pediátrica do Hospital Santa Casa e ortopedista do Instituto Saúde Plena – os pais devem estar sempre atentos quando as lesões acontecem. “Os ossos longos, tais como coxas, pernas, braços e antebraços, são os mais comuns de serem fraturados devido à localização no organismo. Durante o tratamento buscamos alinhar totalmente os fragmentos, não permitindo desvios angulares ou alterações rotacionais, para que depois de curada, a lesão não tenha a aparência torta. Quanto menor a criança, maior o potencial de remodelação, uma vez que elas estão em pleno desenvolvimento ósseo e corporal”.

A maior parte das fraturas sofridas pelos pequenos são passiveis de tratamento com aparelhos gessados ou outros tipos de imobilizações, porém, quando deparamos com lesões de partes moles, desvios, politraumatismo, fraturas múltiplas, ou outros fatores que impossibilitem a utilização de gesso, o tratamento cirúrgico é o mais adequado. “A incidência de lesões traumáticas nos ossos chatos, como por exemplo o tórax da criança, é relativamente baixa, com exceção das costelas, que podem estar acometidas nos acidentes de pequena e até grande intensidade. Já as lesões do crânio e pelve, estão envolvidas em traumas de alta energia. Essas lesões estão associadas a hemorragias internas, podendo até ser fatais, portanto, exigem maior cuidado durante a recuperação”, afirma.

Ossos de Vidro

A síndrome hereditária “osteogenesis imperfecta”, conhecida popularmente como “Ossos de Vidro” se manifesta devido a uma deficiência na produção de colágeno (matriz do osso), que é responsável por toda a arquitetura das estruturas primárias do corpo humano. Provoca fragilidade óssea e ocorre em um bebê a cada 25 a 30 mil. Há manifestações mais ou menos graves. Na pior, o bebê sofre fraturas ainda no útero da mãe, por causa das contrações e pode não sobreviver ao parto.

“Este é um tipo de caso que deve ser acompanhado de perto pelo ortopedista. A maioria dos pacientes são identificados tardiamente, pois a criança que quebra os ossos do corpo com frequencia acaba sendo vista pelos pais como uma criança mais agitada, levada, assim eles podem não perceber que estão diante de um problema mais sério”, explica Dr Miguel.

Ao longo da vida, os portadores podem acumular dezenas e até centenas de fraturas, que são causadas por traumas simples. “O principal sintoma é a ocorrência de sucessivas fraturas, muitas vezes espontâneas, que podem trazer sequelas irreversíveis, como o encurvamento dos ossos, principalmente dos braços e pernas. Outras características são o rosto no formato triangular, a esclerótica (parte branca dos olhos) azulada. A estatura dos portadores é quase sempre reduzida, devido ao pouco crescimento dos ossos e aos encurvamentos que sofrem ao longo da infância”, completa.

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