Brasil enfrenta queda de 24% em aportes privados na área social

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Segundo o Relatório 2014 BISC Comunitas (Benchmarking Investimento Social Corporativo), a queda no valor investido pela iniciativa privada em responsabilidade social de 2012 para 2013 foi de 2,1 bi para 1,6 bi , ou seja: redução de 24%, sendo que 33% das empresas que diminuíram seus investimentos apontam o cenário econômico desfavorável como responsável por essa mudança. Em tempos de crise, uma das primeiras frentes que sofre com cortes de budget são aquelas voltadas ao trabalho social. Isso acontece porque muitos não enxergam a tangibilidade das ações sociais e como podem ser favoráveis para a imagem da empresa perante a sociedade, além do próprio legado que deixa para esta.

O  apetite menor das companhias em promover projetos sociais é um reflexo da falta de confiança no terceiro setor e, sem segurança, não há investimento. “Iniciativas com foco na redução das desigualdades e na promoção da cidadania são sérias demais e merecem ser tratadas como produtos sociais para atrair investimentos e a confiança do empresariado. Ou seja: necessariamente devem ter público definido, durabilidade, divulgação, benefício comprovado a quem se destina e dar retorno de imagem para o investidor”, explica Leonor Sá Machado, presidente da TheBridge, empresa de responsabilidade social com sede no Brasil e filial em Angola.

Com mais de 20 anos de experiência nessa área, Leonor nota que para estreitar os laços entre quem promove ações sociais – como ongs, consultorias e empresas do terceiro setor – e seus patrocinadores, é preciso transparência em todo o processo, ou seja, significa ter números auditados por uma empresa independente especializada, capital humano qualificado, estratégias bem definidas e resultados claros. “Ações como estas têm o potencial de promover o desenvolvimento dos negócios sociais no Brasil, levando as companhias privadas a cada vez mais dividirem a responsabilidade com os governos”, diz a empresária.

Outro ponto importante a ser levado em consideração pelas empresas que executam projetos sociais é que os resultados desse tipo de investimento devem ser mensurados qualitativamente, ou seja, apontar de forma clara qual foi o verdadeiro impacto das ações na vida das pessoas. “Quando uma empresa mostra para a sociedade que, mesmo em situação de crise não abre mão de esforços e capital para melhorar a vida das pessoas, esta é cada vez mais reconhecida e admirada.”, completa Leonor.

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