Cirurgias plásticas podem melhorar a vida sexual masculina

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Foto: SXC

As cirurgias plásticas são velhas conhecidas como auxiliares na melhora do aspecto físico e, consequentemente, da autoestima e da qualidade de vida das mulheres. Quando o assunto são os homens, porém, muito pouco se divulga a respeito dos benefícios gerados pelos procedimentos cirúrgicos. A vida sexual é uma dessas áreas que podem sofrer grandes mudanças positivas a partir do aumento da autoconfiança e, mesmo, da melhora do desempenho durante as relações sexuais. É o que afirma o cirurgião plástico André Colaneri, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, que atende um número crescente de homens interessados em transformações com esse propósito:

– Alguns procedimentos buscam melhorar o desempenho do homem, enquanto outros nem parecem relacionados ao sexo, mas têm grande influência na vida sexual masculina, como uma operação no nariz ou uma lipoaspiração. São mudanças que os deixam mais confiantes na hora de se aproximar das mulheres, e isso já faz muita diferença.

É o caso das cirurgias de ginecomastia, para a correção das mamas aumentadas. O problema atinge cerca de 40% dos homens e é uma das principais causas de reclamação nos consultórios dos cirurgiões plásticos. “A ginecomastia é muito constrangedora, por isso, assim que se livram do problema, eles passam a se sentir à vontade para tirar a roupa e aproveitar o sexo sem a vergonha de antes”, explica o Dr. Colaneri. Ele chama atenção, no entanto, para o fato de que as cirurgias que têm mais efeito na melhora da vida sexual masculina são a de correção da fimose e a de lipoaspiração do Monte de Vênus:

– Em pacientes acima do peso, o Monte de Vênus, aquela região acima do púbis, costuma ser protuberante e encobrir parte do pênis, dando a impressão de que ele é mais curto. A lipoaspiração, ao reduzir a altura dessa área, permite uma maior penetração peniana, a partir do momento em que tira sua cobertura, dando uma impressão de alongamento do pênis.

A maior parte dos homens que passam por essas cirurgias têm idades entre 18 e 40 anos, quando a atividade sexual é mais intensa. De acordo com o especialista, a procura por esses procedimentos está diretamente relacionada à sua divulgação na mídia, uma vez que os pacientes preferem manter segredo sobre se submeter às cirurgias. Ele chama atenção, no entanto, para a importância da avaliação da expectativa de resultados, para evitar decepções. “Não se deve operar esperando que a cirurgia salve a vida sexual, mas sim que contribua para uma melhora, que vai depender também da atitude do paciente”, diz.

Cuidado com as cirurgias de aumento do pênis

Um procedimento que tem sido muito comentado ultimamente é o da bioplastia de pênis, que consiste no aumento do diâmetro do membro por meio de aplicações locais de uma substância biocompatível denominada PMMA. O material é implantado entre a pele e o corpo cavernoso, não alterando a ereção ou a sensibilidade peniana. A operação, entretanto, não é bem vista no meio médico, como explica o cirurgião plástico André Colaneri:

– Não é um procedimento seguro nem recomendável, pois as complicações são potencialmente terríveis, como a necrose do pênis, por exemplo. Além disso, se o resultado não agradar, não é possível retirar o implante.

As cirurgias de aumento peniano devem ser feitas exclusivamente por um médico urologista, com indicação meticulosa. “Muitos pacientes com tamanho peniano normal apresentam uma percepção distorcida do próprio membro, quadro que deve ser acompanhado por profissionais de saúde mental”, diz o urologista Antônio Tavares, do Centro Integrado de Saúde do Homem, do Rio de Janeiro. Ele lembra que, de forma geral, são considerados candidatos a essas cirurgias homens com comprimento peniano menor do que 7,5cm em estado flácido ou 9cm ereto, e circunferência inferior a 8cm, com prejuízo da função sexual.

Para os casos em que a cirurgia é realmente indicada, as possibilidades são muitas, como o aumento do pênis apenas no estado flácido, da circunferência ou do membro em ereção. São técnicas que vão desde a aplicação de enxertos à secção de ligamentos, cuja escolha será feita pelo médico, de acordo com cada caso. “O especialista tem de fazer uma avaliação criteriosa para escolher qual método pode ser melhor para cada paciente. Geralmente, os homens que mais se beneficiam dos procedimentos são os que apresentam deformações causadas por cirurgias na infância para correção de defeitos complexos da uretra, tortuosidades penianas graves ou portadores de doenças hormonais que impedem o desenvolvimento normal do pênis”, acrescenta o Dr. Tavares.

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