Cobre para um ambiente higiênico

O Hospital Geral de Nicosia, maior hospital estadual do Chipre, é o primeiro na ilha a instalar superfícies de cobre antimicrobiano para ajudar a proporcionar um ambiente mais higiênico a pacientes, funcionários e visitantes. A Clínica Cyprus Apollonion, uma de suas maiores clínicas particulares, também implementou o cobre como uma medida adicional de controle de infecções. Ambos introduziram os itens em suas unidades de terapia intensiva, onde alguns de seus pacientes mais vulneráveis são tratados.
O Chipre era conhecido na antiguidade por seus recursos de cobre, sendo esta a origem do nome pelo qual o metal é conhecido nos dias de hoje. Descrito em latim como aes Cyprium (‘de Chipre’), o termo foi encurtado para cuprum, dando origem à palavra ‘cobre’. Considerando esses antigos laços, o mais recente uso do cobre para aumentar os protocolos existentes para prevenção de infecções é particularmente oportuno.

As propriedades higiênicas do cobre eram conhecidas e exploradas pelos gregos antigos, embora apenas recentemente testes laboratoriais e experimentos clínicos em hospitais de todo o mundo têm demonstrado a capacidade do metal de eliminar rapidamente uma vasta gama de patógenos que ameaçam a saúde pública tais como SARM, C. difficile, E. coli e ERV.

O cobre compartilha sua eficácia antimicrobiana com muitas ligas de cobre (coletivamente denominadas ‘cobre antimicrobiano’), incluindo latão, bronze e cobre-níquel, num total de 350 atualmente. Isso significa que uma vasta gama de superfícies de contato frequente em ambientes hospitalares pode ser substituída por cobre antimicrobiano de alta resistência, disponível em uma variedade de cores e capaz de eliminar continuamente bactérias, vírus e fungos entre as limpezas regulares.

Os itens atualizados para o cobre antimicrobiano nas instalações da Cyprus incluem superfícies de contato frequente tais como grades de cama, carrinhos, maçanetas, puxadores de porta, estações de trabalho de enfermeiros e suportes para soro. As instalações foram concluídas no início deste ano e os níveis microbianos em muitos dos itens estão sendo monitorados e analisados pelo Laboratório de Microbiologia do Hospital Aretaieion.

Dr. Panos Efstathiou, do Centro Operacional de Saúde Nacional do Ministério da Saúde grego, diz a respeito das novas instalações: ‘A implementação do cobre antimicrobiano em dois dos maiores hospitais do Chipre constitui uma atividade inovadora com grande potencial para a diminuição das infecções, tendo, portanto, um impacto financeiro positivo nas operações de uma UTI. A oportunidade de gerar economia operacional contínua é particularmente importante durante a recessão atual’.

Infecção hospitalar x Custos

Uma avaliação econômica inédita sobre o papel do cobre na prevenção de infecções hospitalares (IHs – sigla em inglês) foi apresentada em junho na Conferência Internacional sobre Prevenção e Controle de Infecções (ICPIC) da OMS, em Genebra, demonstrando o rápido retorno do capital investido. O estudo do York Health Economics Consortium (YHEC) – parte da Universidade de York, no Reino Unido – investigou os benefícios econômicos da aplicação de uma abordagem de engenharia e design ao controle de infecções, instalando superfícies de contato de cobre antimicrobiano em unidades de terapia intensiva (UTIs). Os mais recentes dados publicados de um experimento do Departamento de Defesa dos Estados Unidos, conduzido em UTIs de três hospitais, mostram que a substituição de seis superfícies próximas aos pacientes por equivalentes de cobre antimicrobiano foi associada a uma redução de 58% nas IHs.

Em cinco anos, a intervenção em cobre tem demonstrado uma economia de quase £2 milhões com a redução dos custos com IHs em comparação aos componentes tradicionais, se introduzida em uma construção ou reforma planejada. Enquanto o custo total da intervenção em cobre é £30.600 maior em relação a componentes tradicionais, ao longo de um período de 5 anos, resulta em um custo por infecção evitada de apenas £94,10.

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Redação Vida Equilíbrio