Cobreiro ou herpes zoster? Mitos e verdades no tratamento da doença

coluna vertebral

Foto: Corbis

Embora não existam estatísticas comprovadas, a evidência clínica dos consultórios mostra que a ocorrência do herpes-zoster é grande, especialmente em pessoas acima dos 50 anos. Caracterizada inicialmente por vesículas avermelhadas e bastante doloridas, a doença ganhou o nome popular de cobreiro por acreditar-se que ela surgia por contato com roupas onde uma cobra ou outro animal peçonhento pudesse ter passado. Arraigada de mitos sobre origem e cura – muitas vezes atribuída à benzimentos –, a doença ainda é um mistério para a população leiga.

Geralmente confundida com o herpes humano simples, na verdade o herpes-zoster é uma infecção viral provocada pelo mesmo vírus da catapora (varicela-zoster), que pode permanecer latente ou inativo na coluna espinhal e ser reativado depois dos 50 anos de idade, quando há queda expressiva da imunidade ou ainda durante tratamentos de quimioterapia, doenças debilitantes ou nos períodos de estresse intenso. Na maioria dos casos, se manifesta uma única vez e desaparece depois de algumas semanas, porém, cerca de 10% dos acometidos pela doença desenvolvem a neuralgia pós-herpética, cujas dores nos nervos periféricos podem permanecer por toda a vida.

O tratamento ideal é o preventivo, por meio de vacinas. Em contato com o vírus da varicela o paciente pode adquirir imunidade, às vezes por toda a vida. Porém, após a manifestação da doença, o tratamento do herpes-zoster é sintomático e a neuralgia pós-herpética trata-se com antidepressivos, anticonvulsivantes, e, em alguns casos, com procedimentos operatórios, com implante de eletrodos, entre outros, dependendo da região afetada.

Quando o sintoma predominante for queimação e o tratamento medicamentoso não trouxer o alívio da dor, o implante de neuroestimulador encefálico ou medular pode ser a solução. Excepcionalmente, em casos de dor contínua em queimação, pode-se ainda realizar o implante de bombas de infusão com morfina.

A medicina popular, baseada em reza, benzimentos e medicação tópica com ervas visam apenas aliviar os sintomas da doença, não sendo os responsáveis pela cura do herpes-zoster. Assim, a procura por um especialista médico logo nos primeiros sinais da doença, é de extrema importância para evitar as suas complicações.

Sintomas do herpes-zoster

Dores nevrálgicas, coceira, formigamento, dor de cabeça, febre e o surgimento de vesículas avermelhadas.

Em geral, aparece de um lado só do corpo, nas costas ou no rosto, seguindo a enervação da região.

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