Colesterol alto: crianças também são vítimas

O colesterol alto não é um problema exclusivo de adultos: mais e mais crianças e adolescentes vêm apresentando níveis de colesterol elevado, em alguns casos, de origem genética. Por isso, todas as pessoas a partir dos 10 anos de idade, ou mesmo antes, em algumas condições, devem verificar seu perfil lipídico. O alerta foi feito pela Dra. Maria Cristina Izar, Professora Afiliada e Livre Docente da Disciplina de Cardiologia da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo e uma das maiores autoridades do país sobre a Hipercolesterolemia Familiar (HF), durante a III Jornada de Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose, que reuniu os maiores médicos especialistas em colesterol do Brasil, patrocinada pela Torrent do Brasil, na Santa Casa de São Paulo, em São Paulo.

Segundo a médica, “é importante a identificação de uma criança com colesterol elevado, e se essa alteração tem uma base genética pois, o diagnóstico precoce modifica o desenvolvimento da doença e suas consequências”.
Alterações do colesterol podem ser devidas à alimentação inadequada (causa ambiental), a alterações em vários genes (poligênica) e menos frequentemente, a defeitos genéticos na captação de colesterol pelas células, chamado de hipercolesterolemia familiar. Devido à exposição a níveis elevados de colesterol ao longo da vida, a doença cardiovascular se desenvolve precocemente, e em geral está presente histórico familiar de elevação do colesterol e de doença cardiovascular. O tratamento envolve mudanças no estilo de vida e frequentemente requer medicamentos, como os fármacos que bloqueiam a produção de colesterol pelo fígado. Conhecidas como estatinas, estes fármacos são efetivos e os mais utilizados para redução do LDL-colesterol, sendo a rosuvastatina bastante empregada, por ser a mais potente representante dessa classe de fármacos e também segura para uso em crianças e adolescentes. Estudos com população pediátrica mostram reduções de 50% no LDL-colesterol com o uso da rosuvastatina. Esse fármaco também demonstrou segurança e eficácia em estudos com população adulta, com diminuição de eventos cardiovasculares e redução da progressão da aterosclerose. No entanto, na hipercolesterolemia familiar muitas vezes é necessário associar-se dois ou três fármacos para se obter controle do LDL-colesterol.

A hipercolesterolemia familiar é um problema de saúde mundial, que atinge cerca de 12 milhões de pessoas, das quais 200 mil pessoas irão morrer de doença arterial coronariana (DAC) prematura. De acordo com a Dra. Maria Cristina Izar, “se não houver tratamento, a maioria desses indivíduos terá DAC aos 60 anos, sendo a taxa de mortalidade de 50% nos homens e de 15% nas mulheres”. Por ser a doença herdada de modo dominante, de cada duas pessoas da família de um indivíduo afetado, 50% pode apresentar a doença. A Escola Paulista de Medicina e outros centros de pesquisa em nosso país têm se empenhado na busca ativa de novos casos de hipercolesterolemia familiar”.

Redação Vida Equilíbrio

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