Como evitar e tratar hemorroidas durante a gravidez?

grávida - dor nas costas

Foto: Corbis

Quase tão comum quanto o enjôo, é o aparecimento de hemorroidas durante a gestação. Seu aparecimento está diretamente relacionado com o aumento da pressão intra-abdominal, motivada pela expansão do útero e também pela dilatação de todos os vasos do corpo da mãe, provocados pela ação da progesterona, hormônio que tem sua produção aumentada durante o período gestacional. De acordo com o Dr. Vladimir Schraibman, especialista em cirurgia geral e gastrocirurgia, se a mulher já apresentava prisão de ventre antes da gravidez, por causa de uma dieta pobre em fibras, então o risco de hemorroidas aumenta ainda mais.

As temidas hemorroidas são formadas por músculos e vasos sanguíneos que se localizam no canal anal. Quando hemorroida inflama, podem surgir vários outros sintomas incômodos, como dor, inchaço e sangramento. “Há aparecimento do mamilo hemorroidário com sangramento eventual durante a evacuação. Além disso, há casos nos quais existe risco de trombose da hemorroida, com maior dor e, eventualmente, necessidade de cirurgia”, diz a ginecologista Dra. Rosa Maria Neme, doutora em Medicina na área de Ginecologia pela Universidade de São Paulo e Diretora do Centro de Endometriose São Paulo.

Segundo o Dr. Vladimir Schraibman, não se sabe a causa dessa doença e também não há nenhum estudo que tenha demonstrado se há predisposição genética ou não. “Entretanto, a melhor prevenção para a mulher é seguir os cuidados higiênico-dietéticos mesmo antes de engravidar. Deve-se evitar a higiene da região anal através da fricção de papel higiênico ou qualquer tipo de papel seco no local, preferindo a lavagem com água e sabão ou lenços umedecidos. Recomenda-se uma dieta rica em fibras alimentares e a ingestão de, pelo menos, 2 litros de água ou sucos para proporcionar uma boa regulação do hábito intestinal, com evacuações diárias. Seguindo essas orientações, as chances de haver alguma crise por doença hemorroidária durante a gravidez diminui muito”, afirma o especialista.

Mas, se o problema já tiver se manifestado, o tratamento inicial é o mesmo para pacientes gestantes e não gestantes: cuidados higiênico-dietéticos, pomadas locais, banho de assento e analgésico oral. A diferença está na restrição ao uso de antiinflamatórios que são proibidos durante o período gestacional e em relação ao tratamento cirúrgico que deve ser evitado ao máximo durante a gravidez, ficando restrito para alguns casos de trombose e exteriorização hemorroidária. De acordo com a Dra. Rosa Neme, a tendência das hemorroidas é de se tornar pior com o decorrer da gravidez, com pico de sintomas nas últimas semanas (38ª-39ª semana), porém logo após o parto geralmente observa-se uma grande melhora.

Com o término da gravidez, geralmente as hemorroidas diminuem de tamanho e o processo inflamatório termina. De qualquer modo, se os cuidados com higiene e uma alimentação rica em fibras associada à ingestão de líquidos, não forem sempre mantidos haverá um risco de aparecer uma nova crise. “Após várias crises, entretanto, as hemorroidas tornam-se maiores e o tratamento cirúrgico pode ser necessário”, finaliza o Dr. Vladimir.

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1 Comentário

  • Lucia
    31 de outubro de 2012 em 7:09

    Està sendo divulgado um novo método cirurgico para o tratamento das hemorroidas que não comporta a incisão ou remoção de tecidos, o que diminui muito a dor pós-operatória e possíveis complicações. Trata-se do método THD. É uma técnica pouco invasiva, na qual os pacientes geralmente se recuperam dentro de 48 horas, podendo retomar suas atividades diárias normais. Peça mais informações ao seu médico.

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