Contracepção: o jeito certo de prevenir

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Foto: Corbis

Desde que foi criada, há décadas, a pílula anticoncepcional revolucionou física e psicologicamente a vida das mulheres. Sua chegada veio acompanhada de independência e liberdade para escolher quando ser mãe. Além dela, a ciência tornou possível diversos métodos contraceptivos: hormônios injetáveis, implantes, DIU, adesivos tópicos, esterilização cirúrgica (laqueadura), mas a pílula continua entre os métodos mais utilizados pelas mulheres.

Tamanha variedade de opções faz com que a mulher precise de ajuda para identificar qual a melhor forma de contracepção. Neste caso, a consulta ao especialista é fundamental, pois o médico vai analisar como é a rotina da mulher, saber do seu histórico de saúde e avaliar qual o método mais indicado.

Dr. Fernando Prado Ferreira, ginecologista e especialista em reprodução humana da Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP, alerta: “a escolha do tipo de contracepção é feita levando-se em conta fatores importantes como a idade, a presença de alguma doença pré-existente e até o ritmo de vida da paciente”, explica.

O especialista comenta que há mulheres, principalmente as adolescentes, que usam pílula sem prescrição, o que não é correto. “Algumas garotas, por vergonha ou medo de consultar um ginecologista, decidem usar o mesmo anticoncepcional indicado pelo médico de uma amiga”.

Com o passar dos anos há mudanças físicas e circunstanciais na vida da mulher. Nestes momentos é importante perceber tais alterações para, sempre que necessário, substituir o método de contracepção utilizado. “O ideal é que esta avaliação aconteça uma vez ao ano, junto dos exames de rotina”, recomenda.

Atualmente, esta classe de medicamentos está menos agressiva ao organismo da mulher, com redução nas dosagens hormonais e pouco – ou nenhum – efeito colateral. Estão disponíveis no mercado diversas opções de pílula anticoncepcional. Entre elas estão: Minesse (gestodeno, etinilestradiol) – contraceptivo oral com ultra-baixa dosagem de estrogênios; Harmonet (gestodeno, etinilestradiol) – pílula com baixa dosagem de estrogênios e Nordette (levonorgestrel, etinilestradiol) – contraceptivo oral, cuja combinação de hormônios é comprovadamente mais segura para evitar a trombose, de acordo com estudos comparativos publicados no British Medical Journal (BMJ).

Seja qual for a opção adotada, o importante é usar corretamente o contraceptivo. Desta forma é possível evitar uma gravidez indesejada. E as estatísticas comprovam o quanto ainda hoje o planejamento familiar necessita de atenção.

De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), metade das gestantes não planejou e não quer a gestação, sendo que uma a cada nove mulheres opta pelo aborto. No Brasil, as estatísticas apontam que o índice de abortamento é de 31%. Isto significa cerca de 1,44 milhão de abortos espontâneos ou provocados com taxa de 3,7 para cada 100 mulheres. A lista abaixo mostra os principais métodos contraceptivos existentes:

Métodos contraceptivos

De Barreira

  • Preservativo Masculino e Feminino (camisinha) – impede a ascensão dos espermatozóides ao útero
  • Diafragma – anel flexível que impede a entrada dos espermatozóides no útero
  • Esponjas e Espermicidas – substâncias químicas cuja função é imobilizar e destruir os espermatozóides
  • Dispositivo Intra-Uterino (DIU) (de progesterona ou cobre) – são inseridos na cavidade uterina para impedir a passagem do espermatozóide

Hormonais

  • Pílula Monofásica – impede a ovulação pela ingestão associada dos hormônios estrogênio e progesterona. As pílulas monofásicas têm a mesma dosagem em todos os comprimidos da cartela
  • Pílula Multifásica – impede a ovulação. Difere da monofásica porque as dosagens de estrogênio e progesterona variam
  • Minipílulas – impede a ovulação com dosagem mais baixa e contém apenas um hormônio (Progesterona). Geralmente utilizadas por mulheres no período de amamentação
  • Pílula do dia seguinte – anticoncepção de emergência, pela ingestão de uma alta dosagem de progesterona, impedindo assim a fertilização. Uso restrito a situações de emergência
  • Injetáveis – contém progesterona e/ou estrogênio. Aplicação intra-muscular, com injeções mensais ou trimestrais
  • Implante Hormonal – microbastão de hormônio sintético, similar à progesterona, implantado no antebraço para impedir a ovulação. Tem duração de três anos
  • Anel Vaginal – anel hormonal flexível, colocado na vagina no 1º dia da menstruação. Impede a ovulação e tem duração de três semanas
  • Adesivo Cutâneo – colado na pele, libera o hormônio gradativamente, impedindo a ovulação. Duração de uma semana, devendo ser trocado a seguir.

Cirúrgicos

  • Laqueadura tubária – método contraceptivo cirúrgico e definitivo, que na mulher consiste na ligadura ou corte das trompas
Vida Equilíbrio

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Quando em excesso, qualquer coisa faz mal. Por isso sempre dizemos que equilíbrio é a palavra chave. Nós, do Vida Equilíbrio, queremos informar a melhor maneira de atingir o equilíbrio entre corpo, mente e alma. Dicas de saúde e bem-estar estão aqui para te ajudar a levar uma vida mais equilibrada e feliz.

1 Comentário

  • moranguinn XD...
    15 de julho de 2011 em 16:19

    mas, no caso da laqueadura, só pode ser feito com mulheres que tem mais de 25 anos e que tem 2 filhos ou mais…

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