Diabetes é o segundo maior fator de falência renal no mundo

Existem 366 milhões de pessoas no mundo com diabetes e estima-se que até 2030 este número deve aumentar para mais de 550 milhões, segundo dados da Federação Internacional para o Diabetes. Só no Brasil são 7 milhões de casos.

A doença, que mata uma pessoa a cada oito segundos, compromete outros órgãos do corpo humano, como os rins. O Dr. Carlos Rost, nefrologista, afirma que qualquer pessoa com diabetes, seja do tipo I ou II, corre o risco de desenvolver uma insuficiência renal.

“A nefropatia diabética se manifesta em torno de 20 a 30 anos depois de o paciente contrair diabetes e pode se desenvolver lenta ou rapidamente”, completa. O médico ainda informa que a doença nos rins não apresenta sintomas precoces. “Além de invisível, o processo de danificação dos rins é irreversível e pode progredir até converter-se em insuficiência renal crônica terminal”, finaliza o especialista.

O portador de diabetes apresenta perda de proteína pela urina, chamada proteinúria, que segundo do doutor Rost, se não for tratada junto com o controle do diabetes e da pressão arterial, vai evoluir com a perda progressiva da função renal.

Evandro Pereira, 40 anos, é um dos casos de pacientes em hemodiálise que acabou perdendo a função renal por causa da diabetes. Ele teve o diabetes diagnosticado quando ainda tinha 5 anos e desde maio de 2012 faz o tratamento para suprir os problemas dos rins. Mas desde os 27 anos foi informado que poderia desenvolver algum tipo de problema renal. A notícia veio depois de procurar um médico por causa da pressão alta.

Segundo Evandro, a alimentação dele nunca foi muito fora do normal. “Por causa das crises de hiperglicemia já controlava na alimentação”, afirma. Mas com o passar do tempo percebeu que o sedentarismo contribuiu para alterar o estado de saúde. “Antigamente praticava muito mais esporte. Costumava andar bastante de bicicleta, antes de ter carro”, conta. Com a mudança de rotina, Evandro percebeu o aumento de peso.

O paciente tem um filho de 10 anos que também foi diagnosticado com diabetes. A preocupação do pai fez com que a doença fosse descoberta já aos dois anos de idade, facilitando o controle e acompanhamento. Evandro recomenda que as pessoas busquem ajuda e orientação quando estiverem numa situação parecida. “É preciso se cuidar ao máximo. Enquanto a pessoa não está sentindo nada por causa da doença, elas costumam não se prevenir”, relata.

Uma das principais medidas de combate à disfunção renal em portadores de diabetes é o controle do nível de açúcar no sangue e procurar manter a pressão, o colesterol e triglicerídeos nos níveis desejados. Além de excluir o fumo, a mudança de habito é importante, como combater a obesidade, fazer atividades físicas e ter uma dieta saudável, são essenciais. “As consultas regulares ao Nefrologista são importantes. O profissional pode indicar medicamentos que visam retardar a lesão renal, bem como ajustar a dose dos remédios e também evitar aqueles que poderiam favorecer a toxicidade renal”, complementa Dr. Rost.

Os fatores de risco para desenvolvimento da doença renal, seguido de diabetes são:

– Idade igual ou superior a 45 anos;

– História familiar de Diabetes Mellitus (pais, filhos e irmãos);

– Excesso de peso (IMC igual ou maior a 25Kg/m²);

– Sedentarismo;

– Taxa de HDL (o bom colesterol) baixa ou de triglicerídeos elevada;

– Hipertensão Arterial;

– Diabetes Mellitus gestacional prévio;

– História de abortos de repetição ou mortalidade perinatal.

Redação Vida Equilíbrio

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