Diminuição da saliva é problema grave gerado pelo estresse

boca dentes mulher

Foto: Corbis

Desde que a gente nasce ela está sempre ali, dentro da boca, abundante, sem cor ou gosto, pelo menos para nós…

Estamos falando da saliva, esse “líquido” produzido por três pares de glândulas em nossa boca, para a qual, muitas vezes, não damos o devido valor ou sequer notamos, mas que é uma das substâncias mais importantes para a saúde do corpo humano. Tanto verdade que está se tornando cada dia mais freqüente nos consultórios pacientes procurando ajuda para resolver um problema de saúde típico destes nossos tempos modernos: a diminuição ou mesmo falta de saliva na boca. Trata-se de uma questão muito séria, pois pode causar diversos problemas para a saúde do indivíduo. É que a saliva contribui significativamente com uma série de processos muito importantes para o nosso organismo.

É a saliva a primeira, digamos assim, a agir na digestão dos alimentos. Além de ter substâncias que digerem o amido que comemos, por exemplo, no pão, ela tem um importante efeito lubrificante que facilita a mastigação e ajuda na passagem dos alimentos pelo nosso esôfago. Não só: depois de nos alimentarmos, é a saliva que ajuda numa importante ação de limpeza em nossa boca, ao dissolver restos alimentares nos dentes e nas gengivas, prevenindo assim cáries e doenças da boca.

Ela ainda possui enzimas e anticorpos que impedem a proliferação de bactérias bucais. E como se não bastasse, ainda contribui para manter o equilíbrio do nosso paladar (o sabor que sentimos dos alimentos), além de ajudar no processo da fala, contribuindo com a boa emissão de sons do nosso aparelho fonador. Entre outras funções.

Por tudo isso, a diminuição de saliva pode causar grandes transtornos para a pessoa, inclusive o surgimento do mau hálito. Com pouca saliva aumenta o acúmulo de resíduos alimentares e células mortas na nossa língua, o que pode ser fonte do mau cheiro.

As causas para a escassez de saliva são várias. A causa mais comum é o estresse. E a explicação para isso tem a ver com as origens e evolução da espécie humana. Eras atrás, quando o ser humano não era civilizado, a natureza, sábia, desenvolveu no corpo humano o mecanismo de “economizar água” no organismo, quando este se sentisse com medo, em perigo – e sabe-se que a saliva é composta 98% de água. Hoje, milhares de anos depois, o ser humano civilizado ainda guarda resquícios desse mecanismo e tende, sim, a economizar saliva quando sente o estresse – que nada mais é do uma sensação de medo, de perigo. E passamos boa parte dos dias estressados…

Em resumo, a atividade das nossas glândulas salivares depende, dentre outros fatores, do equilíbrio do nosso Sistema Nervoso Central. O estresse provoca desequilíbrio desse sistema, diminuindo a produção de saliva. Mas há outros fatores que contribuem para essa diminuição. Por exemplo, sabe-se que mais de 500 medicamentos consumidos pelas pessoas podem diminuir a produção dessa substância. Pesquisam mostram que 63% dos 200 medicamentos mais vendidos hoje nos EUA provocam queda na produção de saliva. Há ainda outros fatores de risco. Por exemplo, pessoas que apresentam muita “perda de líquido”, pela transpiração excessiva ou até mesmo pela urina e pelas fezes.

Também pode sofrer com o problema quem mastiga pouco o alimento, pois é justamente a mastigação que estimula as glândulas da boca a produzir mais saliva. Fumantes ainda têm probabilidades maiores de ter menos a substância, pois as toxinas do cigarro afetam essa produção. E há doenças que também podem provocar queda na produção da saliva, por exemplo, a diabetes ou a hepatite.

Mas então como fazer para tentar manter a produção de saliva em dia? Aqui vão algumas dicas:

  1. evitar o estresse ou, pelo menos, reservar alguma parte do dia para um momento de relaxamento, para assim descontrair o corpo e estimular as glândulas salivares;
  2. mastigar bem os alimentos e, nesse sentido, evitar o fast food, cuja boa parte das comidas já são intencionalmente feitas para serem de fácil e rápida mastigação, para assim estimular o consumo, como salgadinhos e sanduiches.
  3. ingerir cotidianamente alimentos de sabor “azedo”, como limão, abacaxi, laranja mais azeda, pois eles estimulam a produção de saliva;
  4. beber de 1 a 2 litros de água por dia, algo importantíssimo, pois, como já dissemos, 98% da saliva é água.
  5. E, claro, evitar a automedicação.

Para saber se você está começando a ter problemas com a saliva os primeiros sintomas são típicos: gosto amargo freqüente na boca e sensação de “boca suja” – mesmo após ter escovado os dentes. Pois de hoje em diante fique alerta e tome também essa atitude saudável: cuide bem da sua saliva. Não só sua boca, mas o corpo todo agradece.

Vida Equilíbrio

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Quando em excesso, qualquer coisa faz mal. Por isso sempre dizemos que equilíbrio é a palavra chave. Nós, do Vida Equilíbrio, queremos informar a melhor maneira de atingir o equilíbrio entre corpo, mente e alma. Dicas de saúde e bem-estar estão aqui para te ajudar a levar uma vida mais equilibrada e feliz.

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