Enurese noturna: Tipos de tratamentos para cada caso

dormindo

Foto: Corbis

enurese noturna é uma condição na qual uma criança que já possui controle de sua bexiga quando acordada, urina quando dorme. Esta condição é popularmente chamada de xixi na cama e costuma provocar alterações psicológicas, tanto na criança como em sua família. Crianças que sofrem esta condição freqüentemente sofrem da baixa auto-estima e podem ter suas relações inter-pessoais, qualidade de vida e desempenho escolar  afetados.

Segundo a Dra. Maria Cristina de Andrade, pediatra especializada em nefrologia, as crianças conseguem controlar suas bexigas em diferentes idades, tendo, em geral, mais controle diurno da bexiga antes do noturno. Relata ainda que a continência urinária noturna costuma ocorrer dos 2 aos 5 anos de idade.

A enurese noturna é classificada como primária (ENP) ou secundária (ENS). Na primária, a criança nunca permaneceu seca durante a noite. Mas se já controlou pelo menos 6 meses sua bexiga à noite e então começa a urinar na cama, esta condição é então denominada enurese noturna secundária. Casos psicológicos e condições médicas adquiridas causam o desenvolvimento da enurese noturna secundária.

“O prognóstico para crianças que sofrem enurese noturna depende da causa. Quase todas as crianças se livram de fazer xixi na cama, mesmo sem tratamento, quando não existe uma doença de base”, afirma a Dra. Maria Cristina.

Incidência e Prevalência

A enurese noturna é mais comum no sexo masculino e a prevalência desta condição declina durante a infância. Aproximadamente 23% das crianças de 5 anos de idade, 20% das de 7 anos, 4% das de 10 anos, e 1 a 2 % das de 18 anos ou mais fazem xixi na cama. A enurese noturna secundária é responsável por aproximadamente 25% de todos estes casos.

Causas e Fatores de Risco

Há um grande número de causas da enurese noturna. A primária é geralmente causada por uma anomalia cromossômica e há uma forte ligação genética associada a esta condição. Crianças cujos pais ou irmãos sofreram enurese noturna têm um risco maior de desenvolver esta condição. Se um dos pais teve a condição, o risco é aproximadamente 45% e, se ambos os pais tiveram a condição, o risco será de aproximadamente 75%.

A enurese noturna secundária pode ser causada por fatores psicológicos como, por exemplo, morte na família, abuso sexual, ameaças ou intimidações extremas. “E é geralmente associada ao estresse, mas pode também ser resultado de uma doença adquirida, como diabetes, superprodução de hormônio pela tireóide, o chamado hipertireoidismo, convulsões, como no caso da epilepsia, e pela apnéia obstrutiva do sono”, explica a pediatra.

O diagnóstico de enurese noturna é feito quando ocorre perda urinária involuntária regularmente durante o sono em uma pessoa que controla bem a urina quando acordada. Para se determinar a causa da condição são necessários uma história médica detalhada e um exame físico abrangente, que inclui avaliação de causas psicológicas e emocionais, ingestão de alimentos e líquidos (especialmente no fim do dia), freqüência urinária e volume de urina diurna, histórico do sono (hora em que a criança vai para a cama, adormece e acorda; profundidade do sono; hora em que faz xixi na cama; presença de roncos e pesadelos) e períodos sem enurese e em que circunstâncias acontecem.

Vários testes diagnósticos também podem ser executados para se determinar a causa do xixi na cama. Estes exames são reservados para pacientes nos quais uma anormalidade física ou uma obstrução são suspeitados. O exame de urina é feito para se detectar cistite, ITU (infecção do trato urinário), obstrução uretral, diabetes e outras possíveis causas físicas.

As metas do tratamento são a redução do impacto social e psicológico desta condição e a eliminação de sua causa básica. A nefrologista pediátrica explica que os tratamentos incluem a modificação do comportamento (reforço positivo, despertar periódico, restrição de ingestão de líquidos, terapia de alarme), medicação e até cirurgia, em casos de apnéia do sono e ureter ectópico.

“É importante gerenciar a enurese noturna de uma forma que reduza o constrangimento da criança e sua ansiedade frente aos familiares. Parentes que tenham se libertado desta condição poderão compartilhar suas experiências com a criança, reduzindo seus sentimentos de isolamento”, conclui Dra. Maria Cristina, ressaltando que modificações de comportamento geralmente levam a noites secas dentro de curto período de tempo.

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1 Comentário

  • thalita
    19 de julho de 2011 em 12:26

    esse tratamento de enurese noturna também tem em hospital públicos

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