Gripe é uma das principais causas de absenteísmo

A influenza é frequentemente não diagnosticada e o forte impacto causado pelas epidemias de gripe na economia acaba sendo subestimado. Entre as pessoas infectadas pelo vírus, geralmente de 5% a 10% são adultos, uma classe ativa e trabalhadora que pode ter a sua produtividade comprometida no trabalho. Nos Estados Unidos, por exemplo, 111 milhões de dias de expediente são perdidos anualmente, gerando um prejuízo médio de 7 mil dólares com afastamentos causados pela doença.

Um estudo conduzido durante uma epidemia de influenza entre 2010 e 2011, na França, identificou que 44% dos casos eram causados por vírus do tipo B e deste total, 70% dos doentes eram crianças (menor de 15 anos), 23% adultos em idade de trabalho e 7% de idosos (a partir de 65 anos).

Apesar do número de crianças afetadas ser maior do que o de adultos, os custos com adultos foram mais elevados: 126 euros por paciente, com média de 6,5 dias de faltas no trabalho, já o gasto com crianças foi de 70 euros. Estima-se ainda, que no total, a carga econômica da influenza B é de 145 milhões de euros por ano, enquanto os custos com a vacinação são 24% mais baixos, em torno de 110 milhões de euros.

Além da perda de produtividade relacionada às empresas, as pessoas infectadas consultam mais os médicos e recebem mais medicamentos. “É importante destacar que o impacto não é apenas individual, pois o adulto gripado se torna um transmissor da doença até quando não está com sintomas aparentes. A doença pode afetar o ambiente de trabalho, sua família e amigos e gerar ônus para os sistemas público e privado de saúde”, alerta a Dra. Nancy Bellei, Coordenadora do Comitê de Influenza da Sociedade Brasileira de Infectologia e Professora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

O sistema de saúde é impactado pelo vírus até indiretamente, já que a influenza pode agravar doenças cardíacas e pulmonares crônicas. São essas pessoas com doenças crônicas, assim como as crianças pequenas, os obesos e os idosos, que têm um maior risco de desenvolverem complicações causadas pela contaminação, serem hospitalizadas e morrerem.

Como se proteger

A vacinação é a única forma realmente eficaz de se prevenir contra a gripe. Ao se imunizar, a pessoa diminui as chances de propagação do vírus influenza e suas consequências impactantes para a população, como o alto índice de morbidade, mortalidade e impacto na economia.

O processo de vacinação é um ciclo virtuoso, quanto mais pessoas vacinadas, menos a doença se alastra e os benefícios deixam de ser individuais para se tornarem também coletivos.

Proteção ampliada

A proteção contra a gripe para temporada 2015 está ampliada. A Vacina Quadrivalente contra gripe da Sanofi Pasteur, que já está aprovada nos Estados Unidos desde 2013, oferece imunização contra o vírus influenza B e é a única licenciada no Brasil para crianças a partir dos seis meses. A nova versão conta com duas cepas  A (subtipos H1N1 e H3N2) e duas cepas B (Victoria e Yamagata), uma linhagem de vírus B a mais que a opção tradicional usada no País.

A FluQuadri, nome comercial da Vacina Quadrivalente da Sanofi Pasteur, é indicada para crianças, a partir de seis meses de idade, adolescentes, adultos e idosos. Como nenhuma vacina influenza pode ser administrada em bebês menores de seis meses, a melhor forma de protege-los é por meio da vacinação de seus contatos.

A seringa da vacina quadrivalente já vem preenchida e o produto não contém conservantes. A vacina só é contraindicada para pessoas com reação alérgica severa (anafilaxia) a qualquer componente da sua fórmula, incluindo proteína do ovo.

Inicialmente, a vacina está disponível nas clínicas de vacinação privadas no Brasil e nas empresas com interesse em imunizar seus funcionários.