Hábito de chupar os dedos e perda dos dentes-de-leite exigem cuidados na infância

dentes do bebê

Foto: SXC

A maioria dos bebês leva o dedinho à boca por coceira ou outras razões e nisso não há problema algum. O que deve chamar a atenção dos pais é quando o hábito se estende por muito tempo depois da primeira infância, o que pode causar má oclusão dentária. Além disso, a troca dos dentes de leite pela dentição permanente também exige cuidados por parte dos pais e dos dentistas. Para esclarecermos as questões, contamos com a colaboração da odontóloga e profissional de ortodontia da Clínica Qualità, Karine Neumann Coimbra.

Inicialmente, a odontóloga explica que o hábito de colocar os dedos na boca geralmente resulta em estreitamento dos arcos dentários superior e inferior, originando uma inclinação dos dentes para frente e resultando em uma mordida aberta em razão da interferência do polegar entre os arcos. “A pressão do dedo não se faz somente sobre os dentes, mas também sobre a camada que os sustenta (osso alveolar) e o palato, gerando estreitamento ou aprofundamento. Isso pode interferir no crescimento facial e causar futuras más oclusões dentárias”, observa.

Especialistas destacam, no entanto, que a severidade dos efeitos depende da posição que os dedos ocupam quando colocados na boca. Além disso, a duração, repetição do hábito e tipo de osso sobre o qual atua podem determinar o nível de influência para o problema. De acordo com Karine Coimbra, até os 4 anos de idade, o hábito de sucção dos dedos é considerado normal e faz parte do desenvolvimento emocional da criança, não trazendo conseqüências prejudiciais permanentes para oclusão. “Até essa fase da infância, há uma forte tendência para a auto-correção da má oclusão, porém vai depender de fatores, como a competência da musculatura facial e do padrão respiratório”, destaca.

Karine Coimbra destaca os recursos utilizados quando ocorre o encaixe desequilibrado entre os dentes superiores e inferiores. “Para o problema das más oclusões podem-se utilizar aparelhos ortodônticos ortopédicos que impeçam o contato do dedo com o palato para que a criança perca o prazer da sucção e aos poucos vá eliminando o hábito. Esses aparelhos podem atuar também no auxilio do fechamento da mordida aberta ou para expansões, quando necessário”, complementa.

A perda precoce de dentes decíduos é outra preocupação dos dentistas, pois está diretamente relacionada com a instalação de futuras más oclusões. Conforme a odontóloga, pode ocasionar a migração de dentes adjacentes para a região da perda e, como conseqüência, poderá ocorrer o fechamento ou redução do espaço destinado à irrupção do dente permanente. “A perda prematura de dentes anteriores pode provocar ainda inclinações de dentes adjacentes, favorecendo a falta de espaço no futuro, aumento do trespasse vertical, redução na capacidade mastigatória e distúrbios na fala”, alerta.

É importante consultar um profissional de odontologia, pois na maioria dos casos há necessidade de utilização dos chamados mantenedores de espaço funcional, que são acessórios para preservar a região onde ocorre a perda dentária.

Vida Equilíbrio

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