Infertilidade Masculina
Os homens respondem isoladamente por 30% dos casos de infertilidade. Em outros 20%, o fator é do casal. No entanto, é comum a mulher iniciar o tratamento para engravidar sem que o homem tenha sido avaliado. Em alguns casos, apenas o uso de antibiótico já poderia solucionar. Conheça as principais causas de infertilidade masculina, como tratá-las e as chances de sucesso para a gravidez.
Segundo o urologista Rodrigo Lessi Pagani, do Hospital das Clínicas de São Paulo, fellow em Infertilidade Masculina pela Baylor College of Medicine, em Houston (EUA), os casais poderiam ganhar tempo para realizar o sonho da gravidez se os homens também fossem avaliados por um especialista. Acredita-se que, entre os casais com dificuldade para engravidar, apenas em 20% dos casos o homem também passa por uma consulta e exames desde o início.
“É cultural acreditar que a causa está mais ligada à mulher, especialmente se o homem já teve filhos anteriormente”, diz o especialista. “Porém, em 50% dos casos a causa também é masculina, e muitas vezes com pequenas intervenções o casal poderia engravidar naturalmente”, afirma.
Veja, abaixo, as principais causas e tratamentos para a infertilidade masculina segundo o especialista Rodrigo Pagani, autor de artigo para o livro “Infertility in the Male”, lançado recentemente nos Estados Unidos.
Varicocele – 40% dos pacientes tem infertilidade por varicocele, que são veias varicosas em volta do testículo. Em geral, é assintomática e causa dano progressivo ao testículo. Pode comprometer a fertilidade em qualquer tempo, mesmo depois de ter tido um primeiro filho.
Tratamento – cirúrgico; e a melhor técnica é por microcirurgia, com microscópio cirúrgico. “Com a técnica convencional, há 20% de chances de recidiva; com a microcirurgia não chega a 1%”, destaca Rodrigo Pagani. Resultado: há 70% de chance de melhora do espermograma; e em torno de 40% de chance da mulher engravidar de forma natural após o primeiro ano da cirurgia.
Idiopática – infertilidade sem causa aparente, acontece em 20% dos homens, sendo as mais difíceis de tratar. Se não resolver com alterações nos hábitos e estilo de vida, podem ser indicados para reprodução assistida.
Obstrução – pacientes vasectomizados ou com alguma infecção que obstrui os canais de passagem dos espermatozóides, ou que nasceram sem esses canais. Acontece em torno de 13%.
Tratamentos – A reversão da vasectomia em pacientes com até 10 anos de vasectomia tem 90% de chance de dar certo, ou seja, o homem volta a ejacular espermatozóides. Somente a partir dos 15 anos de vasectomia é que os índices de sucesso diminuem, mas ainda assim os estudos mostram que as taxas de gravidez são superiores às taxas de gravidez por reprodução assistida. Segundo o Dr. Rodrigo Pagani, a cirurgia é meticulosa mas não manipula nenhuma estrutura que possa trazer dano ao paciente. “É mito o medo que a vasectomia ou a sua reversão possa comprometer a potência do homem”, afirma.
Tratamento para infecção dos canais: antibióticos e antiinflamatórios podem resolver o problema; já para quem nasceu sem os canais há indicação para reprodução assistida.
Tratamentos – A reversão da vasectomia em pacientes com até 10 anos de vasectomia tem 90% de chance de dar certo, ou seja, o homem volta a ejacular espermatozóides. Somente a partir dos 15 anos de vasectomia é que os índices de sucesso diminuem, mas ainda assim os estudos mostram que as taxas de gravidez são superiores às taxas de gravidez por reprodução assistida. Segundo o Dr. Rodrigo Pagani, a cirurgia é meticulosa mas não manipula nenhuma estrutura que possa trazer dano ao paciente. “É mito o medo que a vasectomia ou a sua reversão possa comprometer a potência do homem”, afirma.
Tratamento para infecção dos canais: antibióticos e antiinflamatórios podem resolver o problema; já para quem nasceu sem os canais há indicação para reprodução assistida.
Câncer – pode ocasionar infertilidade diretamente ao atingir um dos testículos; ou indiretamente devido à quimioterapia e radioterapia, que podem prejudicar a produção de espermatozóides.
Indicação – congelar o sêmen antes de iniciar o tratamento com quimio e radioterapia. “É importante o homem consultar o urologista e pedir indicação de um centro de referência para fazer o congelamento. Não é perda de tempo, e sim a possibilidade de garantir a realização do sonho da paternidade no futuro”, destaca o Dr. Rodrigo Pagani.
Outras causas não tão frequentes são as hormonais, os problemas com ereção e ejaculação, todas com tratamentos medicamentosos. Há, ainda, fatores genéticos como causas não frequentes, porém não tratáveis.