O papel das vitaminas e minerais na saúde das crianças

32É durante a segunda infância, período entre os 3 e 6 anos – idade pré-escolar das crianças –, que ocorre uma das fases mais importantes do desenvolvimento físico e mental dos pequenos, quando começam a usar sua motricidade, têm sua força e agilidade aumentada, assim como passam a contar com funções como a memória e a linguagem¹. Por isso, a preocupação com a alimentação equilibrada é essencial para garantir uma boa saúde, principalmente quando o assunto é o consumo adequado de micronutrientes (vitaminas e minerais). De acordo com uma pesquisa realizada pelo UNICEF – Fundo das Nações Unidas para a Infância –, uma em cada três pessoas sofre da chamada fome oculta, síndrome que não apresenta reflexos imediatos, mas preocupa pela falta da ingestão desses micronutrientes, principalmente o ferro. O estudo aponta ainda que 40% das crianças menores de cinco anos sofrem desse mal².

A função de montar o cardápio da criançada é dos pais, mas, mesmo sem intenção, seja pela correria do dia a dia ou por falta de informação, eles acabam sendo responsáveis pelo aumento na ocorrência desses distúrbios nutricionais, pois permitem que os pequenos comam fast-food e produtos industrializados produzidos com uma alta quantidade de açúcar e de sal.

“Para garantir que atividades cotidianas – como correr, comer coordenadamente com talheres ou mesmo amarrar os laços dos sapatos – sejam aprendidas normalmente por eles, é preciso manter equilibrado o consumo da vitamina D, que atua nas funções cognitivas e motoras. No entanto, as vitaminas A e C, além do zinco, do ferro e do cálcio precisam fazer parte da alimentação da criançada, pois são responsáveis pela formação dos ossos, do sistema imune e pela formação do sangue. O acompanhamento médico é essencial, pois ele pode recomendar a suplementação, quando suspeitar de algo”, explica o Dr. José Cláudio Monteiro, médico pediatra pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC), diretor do Departamento de Assistência à Saúde da Prefeitura de Jaguariúna e professor da PUC, em Campinas.

Entretanto, uma pesquisa coordenada pela Universidade Federal de São Paulo, que acompanhou a alimentação de mais de 3 mil crianças de nove estados durante oito meses, mostrou que, apesar de o Brasil estar reduzindo os níveis de desnutrição, a ingestão de fibras, vitaminas e ferro ainda é insuficiente, principalmente nas refeições feitas em casa. O trabalho apontou ainda que o consumo de colesterol e gordura trans está acima do recomendado pela Organização Mundial da Saúde.

Segundo o Dr. Monteiro, é importante também aprender o papel fundamental que as vitaminas e os minerais têm no desempenho do metabolismo, do crescimento e do bom funcionamento de todas as células do corpo humano. A criança pode até comer bastante, mas, se a quantidade de micronutrientes for insuficiente, pode causar baixa na sua função imunológica, déficit de atenção na escola e comprometimento da formação óssea, entre outros problemas, refletindo na vida adulta. “É importante destacar que algumas vitaminas e minerais importantes para a saúde não são produzidos pelo organismo, logo, além de um cardápio equilibrado, vale incluir na dieta alimentar diária os suplementos vitamínicos. Na faixa entre 4 e 10 anos, as principais necessidades são de vitamina C e D, e dos minerais ferro e cálcio.  Existem no mercado produtos que, na dose certa, complementam as refeições no momento em que o organismo mais precisa de micronutrientes, a fase de crescimento”, finaliza o médico.

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