O que avaliar na hora de comprar alimentos?

Cada vez mais as pessoas se preocupam com a qualidade dos alimentos que consomem, mas a maioria dos brasileiros não tem o hábito de ler a tabela nutricional presente nos rótulos. Estes dados auxiliam e orientam sobre a quantidade e qualidade dos alimentos, sendo necessário entendê-los, principalmente, quando o consumidor possui alguma restrição alimentar (alergia ou diabetes, por exemplo).

O rótulo traz informações importantes, pois além de informar os nutrientes e ingredientes (que aparecem em ordem decrescente – o primeiro é o que está presente em maior quantidade), indica o valor diário (%VD) de energia (calorias) que o produto apresenta baseado em uma dieta de 2000 quilocalorias (kcal) ou 8400 quilojoules (kJ). Como exemplo, se no produto o VD de sódio for de 90%, significa que já está quase no limite total de consumo de sódio diário. Tudo depende do objetivo do consumidor, se a meta for emagrecimento, não só terá que prestar atenção nas calorias como também avaliar a quantidade de gorduras (saturadas, trans e sódio). No ato da compra, deve-se prestar atenção na validade. O alimento pode não estar com o prazo vencido, mas é necessário atenção na data em que será consumido, evitando o desperdício do alimento e de dinheiro.

            No Brasil, a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) é a responsável por estabelecer as informações que os rótulos devem conter, visando a garantia de qualidade do produto e a saúde do consumidor. Os dados inseridos nas embalagens são determinados através de testes laboratoriais, realizados por instituições certificadas pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (INMETRO) e ANVISA, já que estes laboratórios passam por testes rigorosos de qualidade e eficiência. “Através destas análises podemos averiguar se há excesso ou redução das taxas informadas nos rótulos. Já identificamos teor de sódio três vezes maior que o declarado na embalagem em uma marca de farinha láctea”, explica Edson Braz de Brito, gerente do LabTec.

Para calcular estes índices as empresas utilizam a Tabela Brasileira de Composição dos Alimentos (TACO) – proposta pela Unicamp – que traz três diferentes tabelas completas de composição dos alimentos. Desmembra cada alimento em todos os seus nutrientes e, na proporção de 100g, já calcula os valores nutricionais.

Valor Energético: é a energia produzida pelo nosso corpo através de carboidratos, proteínas e gorduras totais, identificado por quilocalorias (kcal) e quilojoules (kJ).

Carboidratos: a principal função é fornecer energia para o corpo. São encontrados em maior quantidade em massas, arroz, açúcar, mel, pães, farinhas e doces.

Proteínas: são necessárias para a construção e manutenção de órgãos, tecidos e células. Encontramos proteínas nas carnes, ovos, leites e derivados, feijões, soja e ervilha.

Gorduras Totais: as gorduras são as principais fontes de energia do corpo e ajudam na absorção das vitaminas A, D, E e K. As gorduras totais referem-se todos os tipos de gorduras encontradas em um alimento.

Gorduras Saturadas: tipo de gordura presente em alimentos de origem animal: carnes, pele de frango, queijos, leite integral, manteiga, requeijão e iogurte. O consumo deste tipo de gordura deve ser moderado, já que quando ingerido em grandes quantidades pode aumentar o risco de desenvolvimento de doenças do coração.

Gorduras Trans (ou Ácidos Graxos Trans): tipo de gordura encontrada em grande quantidade em alimentos industrializados, como as margarinas, cremes vegetais, biscoitos, sorvetes, produtos de panificação, alimentos fritos e lanches salgados que utilizam as gorduras vegetais hidrogenadas na sua preparação. O consumo deste tipo de gordura deve ser muito reduzido. O organismo não necessita deste tipo de gordura e quando consumido em grandes quantidades pode aumentar o risco de desenvolvimento de doenças do coração. Não é aconselhável consumir mais que 2g de gordura trans por dia.

Fibra Alimentar: está presente em diversos tipos de alimentos de origem vegetal, como frutas, hortaliças, feijões e alimentos integrais. A ingestão de fibras auxilia no funcionamento do intestino. É indicado consumir alimentos com altos %VD de fibras alimentares.

Sódio: encontrado no sal de cozinha e em alimentos industrializados (salgadinhos de pacote, molhos prontos, embutidos, etc) deve ser consumido com moderação, uma vez que a ingestão excessiva pode levar ao aumento da pressão arterial. É recomendado evitar os alimentos que possuem altos %VD em sódio.

Há alguns alimentos que não necessitam de tabelas nutricionais, tais como: bebidas alcoólicas, água mineral, vinagre, especiarias, sal (cloreto de sódio), alimentos preparados e embalados em restaurantes e estabelecimentos comerciais pronto para o consumo, frutas, etc.

Fonte: Corbis

 

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Redação Vida Equilíbrio

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