O sono dos idosos: quanto dormir é um problema

Terceira idade representa, para muitos, descanso e lazer. Afinal, é nessa fase que as pessoas, que tiveram a oportunidade de se preparar para o futuro, encontram mais tempo para aproveitar a vida ao máximo, sem qualquer preocupação profissional. No entanto, mesmo podendo usufruir de um período de maior tranquilidade, é comum que muitos idosos vivenciem inúmeros problemas para dormir. Mas, qual seria então, a razão destes distúrbios?

Com o avançar da idade, o ritmo biológico dos indivíduos muda, e há uma forte tendência para adormecer e acordar mais cedo. Além disso, deve-se levar em consideração alguns aspectos importantes que ocorrem com o sono dos idosos, como o fato de ser mais fragmentado e menos profundo. “A capacidade de dormir de forma contínua é menor. O sono é frequentemente interrompido por despertares noturnos, além de ser menos concentrado durante a noite e mais disperso durante o dia, ou seja, os idosos tendem a dormir várias horas pela manhã ou pela tarde”, explica a Consultora do Sono da Duoflex, Renata Federighi.

Nos seres humanos, o ciclo do sono é formado por cinco estágios, com duração de aproximadamente 90 minutos, podendo chegar a 120 minutos. Com os idosos, esses estágios passam mais facilmente de um para outro, se comparado às pessoas de outras idades. “O sono do idoso está mais adiante, por exemplo, do sono dos jovens. Os mais velhos geralmente deitam de uma a três horas mais cedo. Logo, acordam mais cedo e tem mais dificuldade em adormecer”, esclarece a especialista.

Ainda de acordo com a especialista, o problema se torna mais sério quando há casos de depressão ou distúrbios do sono, dentre eles, insônia ou apneia obstrutiva do sono, que os faz dormir ainda menos e impactam o descanso noturno. “O idoso dorme por volta de sete horas ou menos. A diferença é que dorme menos no período noturno e compensa com pequenos cochilos durante o dia”, ressalta.

O que fazer, então, para que eles possam dormir melhor? Para a consultora, algumas medidas colaboram bastante. Dentre elas, a realização de atividades físicas leves e regulares durante o dia para que se sintam mais cansados à noite, como caminhadas ao ar livre; ir para a cama somente quando tiverem sono; evitar que leiam ou assistam televisão deitados na cama; dormir sempre no mesmo horário; evitar cafés, chás ou medicamentos que funcionem como estimulantes e manter a postura de descanso correta – a de lado – utilizando sempre travesseiros adequados ao biótipo da pessoa.

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Redação Vida Equilíbrio