O perigo nas embalagens de alimentos

embalagens_alimentos_vida_equilibrioO perigo mora nas prateleiras dos supermercados para as pessoas que sofrem com a Alergia Alimentar, que atualmente corresponde entre 8% e 10% da população brasileira. Os rótulos das embalagens de alimentos deixam muito a desejar em relação às informações claras e compreensíveis por boa parte dos consumidores.
Leite de Vaca pode aparecer como Soro de Leite e Caseína. Nos pacotes de bolachas, a descrição da composição, na maioria das vezes, está em letras pretas, fundo vermelho, brilhante. Não há contraste, o que dificulta a leitura dos ingredientes utilizados no produto. Por exemplo, maltodextrina, carboidrato complexo, proveniente da conversão enzimática do amido do milho ou, simplesmente, milho.
Dessa forma, a pessoa alérgica ao leite não sabe se pode ou não consumir esse ou aquele alimento. “Além disso, são raros os fabricantes que alertam para o risco da contaminação no caso de indústrias que manipulam insumos alimentícios diversos, podendo expor o paciente alérgico a pequenas frações do ingrediente que ele não pode consumir”, explica o Dr. José Carlos Perini, diretor da Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia (ASBAI).
Pesquisas – A revista Times publicou em setembro deste ano a conclusão de uma pesquisa realizada pela JAMA Pediatrics, que mostra o impacto financeiro nos casos de alergia alimentar, em torno de U$24.8 bilhões por ano (equivalendo a U$4.184,00/ano por criança), sendo que U$20.5 bilhões seriam custos suportados pelas famílias americanas.

O Brasil não possui esses dados estatísticos, mas segundo o presidente da ASBAI, Dr. Fabio Morato Castro, é certo que os custos diretos e indiretos são significativos aqui também.
Estudos conduzidos em 2009 pela Unidade de Alergia e Imunologia do Instituto da Criança do HC-FMUSP mostraram que 39,5% das reações alérgicas foram relacionadas aos erros na leitura de rótulos. “A ASBAI tem procurado intervir e trabalhar juntamente com o governo para a padronização de condutas diagnósticas e terapêuticas em casos de alergia alimentar”, afirma o presidente da Associação.
Desde 2004, nos Estados Unidos, existe a Food Allergen Labeling and Conmsumer Protection Act of 2004, que determina que oito alérgenos alimentares, quando presentes num produto, devem ser listados nos rótulos de embalagens com destaque, usando o nome comum ou habitual do alimento.

As embalagens possuem fundo branco e letras pretas e informam, ainda, que a industrialização foi feita por uma empresa que também manipula ovos, amendoim, trigo e nozes. “Isso serve de alerta para o fato de que o alimento pode estar contaminado por traços desses outros produtos, sendo, portanto, de risco para pessoas alérgicas”, explica o diretor Dr. Perini.

Redação Vida Equilíbrio

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