Remoção das tatuagens: quais os tratamentos disponíveis?

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Foto: SCV

As tatuagens foram usadas há séculos para refletir mudanças no status social, quer seja a passagem para a vida adulta ou a admissão em um grupo, como as forças armadas ou uma gangue. Nos últimos anos, as tatuagens tornaram-se também um acessório de moda, uma tendência estimulada por jogadores de basquete, bandas e celebridades.

A tatuagem, atualmente, firmou-se como um modismo. Entre os jovens, deixou de ser uma demonstração de rebeldia para se tornar um acessório de moda. Segundo a dermatologista Cristine Carvalho, diretora do Centro de Dermatologia e Estética, além de adornar o corpo, “a tatuagem também pode provocar alergias na pele e outras complicações: risco de infecção por bactérias, fungos e vírus provenientes do uso de tintas e agulhas contaminadas. Mesmo quando a tatuagem é bem feita, com assepsia e cuidado, é comum ocorrer a contaminação bacteriana, que pode causar no local uma foliculite. Também há o risco de contrair outras doenças infecciosas como impetigo e hepatite”, afirma a médica.

Para evitar estes problemas, alguns cuidados podem ser adotados por quem deseja fazer a tatuagem: “procurar um profissional competente, usar material descartável e esterilizado, pigmentos confiáveis (que não provoquem alergia). Se a pessoa sofre com bronquite, rinite ou sinusite não deve fazer a tatuagem, pois há uma chance muito grande de desenvolver algum tipo de dermatite. Cicatrizes hipertróficas e quelóides também podem aparecer como conseqüência do processo”, alerta a dermatologista.

Para não correr riscos desnecessários, existem alguns atrativos opcionais já disponíveis no mercado: as tatuagens não definitivas, como as de hena, que estão na moda e podem ser facilmente removidas.

Quando o arrependimento bate…

Um relatório da FDA – Food and Drug Administration – estima que mais de 45 milhões de americanos têm tatuagens. O relatório chegou a este número baseando-se nos dados de uma pesquisa da Harris Interactive, realizada em 2003, que revelou que 16% de todos os adultos e 36% das pessoas entre 25 e 29 tinham pelo menos uma tatuagem.

A mesma pesquisa também revelou que 17% dos norte-americanos tatuados se arrependeram do fato de terem feito a tatuagem. E é no momento de arrependimento que uma tatuagem que custou alguns dólares pode requerer centenas de dólares e muitas sessões de laser para ser removida.

No Brasil, não possuímos estatísticas a respeito do número de tatuados, muito menos do número de arrependimentos e de pessoas que desejam remover suas tatuagens. “Mas como todas as decisões da juventude são muito rápidas e impulsivas, em média, depois de três a cinco anos, as pessoas tendem a querer remover a tatuagem da pele. E é aqui que surge outro momento delicado: a remoção da tatuagem”, conta a diretora do CDE.

Como cada tatuagem é única, as técnicas de remoção devem ser adaptadas para atender cada caso individualmente. No passado, as tatuagens eram removidas por uma grande variedade de métodos, mas, em muitos casos, as cicatrizes ficavam mais feias do que a tatuagem em si.

“Para retirar a tatuagem da pele há vários caminhos, o laser tem se firmado dentre o arsenal de técnicas que utilizamos. O tratamento a laser é mais seguro do que muitos métodos tradicionais, tais como a dermoabrasão, a excisão ou a salabrasão, devido à sua capacidade única para tratar seletivamente cada pigmento envolvido na tatuagem”, explica a médica, que também é chefe do Departamento de Fototerapia do Curso de Pós-Graduação em Dermatologia da Fundação Pele Saudável, Instituto BWS.

Em muitos casos, certas cores podem ser mais efetivamente removidas do que outras. Sabemos que o azul e o preto respondem particularmente bem ao tratamento laser – a resposta de outras cores está sob investigação. “Quanto maior for a presença de outras cores e mais escura for a pele da pessoa, mais difícil será a remoção com o emprego do laser, pois ele funciona por comprimento de onda”, esclarece a dermatologista.

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