Tempo seco: conheça os benefícios e prejuízos das atividades aquáticas para quem tem alergias

natação

Foto: Corbis

Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria, natação é a modalidade de esporte mais recomendada para o tratamento de crianças e adolescentes que sofrem com alergias respiratórias, pois o exercício aquático desenvolve a coordenação motora, o controle respiratório e a sociabilidade, podendo atuar como atividade fisioterápica.

Para Dra. Teresa Teixeira Cardoso, otorrinolaringologista da Amhpla Cooperativa de Assistência Médica, as mudanças bruscas de temperatura e a secura do ar são os grandes vilões do sistema respiratório. “Alterações climáticas e ar seco dificultam a respiração pelo nariz e, consequentemente, a filtragem das impurezas do ar realizada por ele. Nesse sentido, a pessoa começa a respirar pela boca, que não filtra as impurezas, desencadeando um quadro alérgico infecccioso”, explica. “Por isso as atividades aquáticas são excelentes, pois além de beneficiarem o sistema respiratório, elas colocam o indivíduo em contato com um ar mais úmido. Porém, é importante que a água esteja totalmente purificada e sem excesso de cloro”, orienta.

Dentro desse contexto, é fundamental se informar quanto ao tipo de tratamento da água da piscina onde a criança ou adolescente pratica a atividade aquática. Ainda de acordo com a SBP, caso a piscina não seja devidamente tratada, o quadro de alergia pode sofrer uma piora, ou ainda, quem não apresenta o problema, mas tem sensibilização alérgica, aumenta em três vezes a probabilidade de desenvolver algum tipo de doença respiratória.

Carlos Heise, engenheiro e diretor da Panozon Ambiental, explica que o problema está justamente nas pessoas acharem que é o cloro o grande causador dos desconfortos das piscinas quando, na verdade, não é. “O maior agravante das alergias e doenças respiratórias em uma piscina são as cloraminas, um subproduto da reação do cloro com a matéria orgânica da água. Então, apesar dos médicos recomendarem a natação para auxiliar no tratamento destas doenças (em especial doenças pulmonares como asma, bronquite, etc.), muitas vezes, os pacientes são prejudicados pela ação das cloraminas. Assim, o ideal é a pessoa nadar em uma piscina que não contenha este subproduto”, esclarece o engenheiro.

No entanto, engana-se quem acha que suspender a desinfecção da água com cloro seja a solução. Por ter propriedade residual, o cloro não pode ser totalmente dispensado no tratamento da piscina. Por isso, salienta Heise, usar o cloro associando ao tratamento do ozônio faz com que as cloraminas sejam eliminadas e, juntos, ozônio e cloro mantêm a piscina totalmente limpa e protegida.

“Como a manutenção do cloro no tanque é essencial para garantir a proteção da saúde de quem nada (contra eventuais contaminações), a única forma de se ter a água clorada e sem cloraminas é instalando um sistema complementar de ozônio, pois o mesmo oxida este subproduto. Assim, se para conservar a piscina limpa apenas com o uso do cloro convencional é indicado que se mantenha o nível de 5 ppm (partes por milhão) do produto na água, já com a utilização do ozônio, pode-se aplicar apenas 1 ou 2 ppm”, completa o engenheiro. Heise faz ainda um alerta sobre os tratamentos existentes no mercado e que oferecem a retirada total do cloro no tratamento de água da piscina. “É uma questão de saúde pública e um risco para os banhistas”.

Portanto, antes de iniciar qualquer atividade aquática, é fundamental perguntar quais os métodos utilizados pela instituição (clube, academia ou escola) para tratamento da água da piscina e verificar também se eles estão dentro das normas estipuladas pela vigilância sanitária.

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