3 de dezembro de 2010 | Saúde

Alergia a medicamento pode levar à morte

Infelizmente não há como prever se a pessoa é alérgica a determinadas substâncias, somente ao usá-la.

comprimidos

Foto: Corbis

As reações alérgicas podem ser causadas por quaisquer substâncias ao entrar em contato com uma pessoa predisposta para o problema. Estas substâncias causadoras de alergia ou alérgenos podem ser alimentos, medicamentos, produtos de limpeza, corantes, solventes, tinturas e outros produtos químicos, além de picadas de insetos.

Os medicamentos assumem uma parcela considerável no número de casos, conforme alerta o clínico geral Fernando Noboru Miyake, do Hospital e Maternidade Beneficência Portuguesa de Santo André, já que qualquer um pode causar uma reação alérgica, inclusive quase todas as bulas contém esta informação.

Segundo o especialista os mais comuns são os analgésicos – salicilatos e a dipirona, antiinflamatórios não hormonais e os antibióticos. “Provavelmente são mais comuns em razão do número elevado de prescrições médicas e pela procura espontânea nas farmácias sem receita médica”, explica.

As consequências podem ser coceira na pele, inchaço nas pálpebras ou nos lábios, urticária, edema de glote – “válvula” por onde o ar passa para os pulmões, queda da pressão arterial, aceleração dos batimentos cardíacos, caracterizando uma reação anafilática sistêmica ou choque anafilático, que pode levar o indivíduo à morte, caso não seja tratado rapidamente.

É importante lembrar que a reação anafilática não depende da quantidade da substância, já que doses pequenas são suficientes para gerar um quadro grave. O teste de sensibilidade a penicilina benzatina, que era muito comum, hoje já não é usual, pois, pode causar uma reação anafilática. Portanto, algumas medicações são proibidas de serem aplicadas em farmácias e postos de saúde, sendo limitadas aos hospitais que tenham condições de prestar socorro no caso de reações.

“Infelizmente não há como prever se a pessoa é alérgica a determinadas substâncias, somente ao usá-la. Porém, a história familiar torna-se um dado importante, em razão da tendência à hereditariedade”, explica Miyake.

Os indivíduos que sabem sobre sua condição alérgica devem informar o médico sobre a restrição. “Uma dica importante é ter sempre entre os documentos pessoais a informação. No caso de uma emergência onde esteja inconsciente, esse dado pode custar a vida”, orienta o médico.

A prevenção e o tratamento consistem em evitar o uso do medicamento ou outros que contenham substâncias semelhantes, pois pode haver uma “reação alérgica cruzada”.

Durante uma crise alérgica, procure auxílio médico, para receber tratamento adequado com a administração de adrenalina, corticóides e anti-histamínicos. Além disso, o indivíduo poderá precisar de suporte mais intensivo, caso a reação seja grave.

Sempre que um medicamento for utilizado pela primeira vez, é bom ficar alerta para as reações e os efeitos colaterais, já que a ação é imprevisível. Caso ocorra qualquer problema, procure atendimento médico, pois ela pode manifestar-se em alguns minutos após a ingestão. Dependendo do organismo, estas reações podem ocorrer vários dias depois ou até mesmo após o término.

Alguns cuidados são importantes, como não se automedicar; portar em seus documentos pessoais uma lista dos medicamentos que já lhe causou alergia; informar sempre o médico ou dentista sobre alergia aos medicamentos; jamais se submeter a testes de medicamentos, a não ser que seja por indicação médica e na presença dele, em ambiente hospitalar com suporte para eventual necessidade de tratamento emergencial e ler atentamente as bulas dos medicamentos.

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