9 de dezembro de 2010 | Saúde

Doenças que o ronco pode causar

Longe de ser um distúrbio inofensivo, o ronco figura em diversas pesquisas como causador de graves doenças

sono

Foto: Corbis

Ronco é um dos distúrbios do sono mais conhecidos, já que ele provoca o desagradável ruído que tanto incomoda. Muitos acreditam que o ronco é sinal de sono profundo, ou até que se trata de algo inofensivo. Porém, segundo Dr. Eduardo Rollo Duarte, dentista especialista em odontologia do sono, o distúrbio quando não tratado pode acarretar em diversos sintomas e doenças graves. “Existem diversos tipos de tratamento, inclusive na odontologia, com o uso de placas. Não há motivos para o roncador deixar de se cuidar, já que o ronco tem se tornado fator de risco para várias enfermidades”, diz Dr. Eduardo.

O ronco é causado pelo relaxamento dos músculos da garganta, língua e palato durante o sono. O ruído alto e incômodo acontece quando o ar passa pela garganta fazendo com que os tecidos do palato vibrem.

Sintomas e Doenças que o ronco pode causar

Apneia do sono – Caracteriza-se por pequenas interrupções durante o sono, onde o paciente fica alguns minutos sem respirar e depois volta ao normal.

Gengivite e diabetes – O ronco deixa a boca seca, o que causa a diminuição de saliva, que é um fator de proteção contra a proliferação de bactéria o que contribui para o aparecimento de doenças bucais, além de afetar a gengiva, favorecendo a gengivite. Ela também provoca o aumento da resistência à insulina, dificultando o controle do açúcar no sangue. Ao se iniciar um tratamento dentário deve ser informado ao dentista que se tem diabetes, pois alguns dos procedimentos serão alterados em função disso.
A gengivite é o inchaço e sangramento na gengiva, que também causa mau-hálito, pus, amolecimento e mudança na posição dos dentes, provoca também o aumento da resistência à insulina, dificultando o controle do açúcar no sangue.“A preocupação com os dentes e gengiva ajuda a prevenir doenças bucais, e os diabéticos devem ter atenção redobrada com relação a isso.”, diz Dr. Eduardo.

Problemas cardíacos – Durante o sono, a apneia causa o relaxamento da faringe, dificultando a passagem do ar. “O paciente fica sem respirar por alguns instantes e isso diminui a oxigenação do organismo. Isso faz com que a pressão arterial fique mais alta, aumentando assim os riscos de enfarte”, explica o especialista.
A obstrução das vias respiratórias faz com que o organismo precise de uma força maior para que o ar chegue até o pulmão e possa ser distribuído para o organismo, o que força o coração a bombear o sangue com mais força ou rapidez.

Sonolência diurna – Resultado de uma noite mal dormida. Pacientes que roncam não atingem um sono profundo, já que ficam em estado de semialerta. A falta do descanso ideal causa sonolência diurna, o que pode acarretar em acidentes de trânsito, acidentes de trabalho e claro, péssima qualidade de vida.

Glaucoma – O glaucoma é o distúrbio visual que pode levar à cegueira. A apneia do sono pode ser associada a algumas condições oftalmológicas como o glaucoma, devido às paradas respiratórias. Durante o sono ocorre a diminuição do oxigênio sanguíneo que reduz a espessura no nervo retinal, o que leva ao glaucoma. Pacientes com apneia do sono devem fazer exames periódicos para avaliar sinais precoces de glaucoma, da mesma forma, pacientes com distúrbios ópticos devem ficar atentos e apurar a presença de apneia.

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