19 de abril de 2011 | Saúde

Alzheimer – Lapsos de memória podem ser os primeiros sintomas da doença

Observar os demais sinais é fundamental para o diagnóstico precoce

terceira idade

Foto: Corbis

Quem nunca passou por essas situações: ao sair de casa, percebe que esqueceu o guarda-chuva. Ou então, vai ao Shopping Center e não lembra onde estacionou o carro. E a saia justa de encontrar um conhecido na rua e não fazer a mínima ideia de onde o conhece e nem o seu nome? Com a agitação e o estresse da vida moderna, esquecimentos como esses são considerados normais. Porém, é preciso estar atento quando esses lapsos de memória se tornam mais frequentes.

“A perda da memória para fatos recentes é um dos sintomas mais comuns do início da Doença de Alzheimer (DA)”, afirma Cássio Bottino, psiquiatra e coordenador do Programa Terceira Idade (PROTER) – IPq HCFMUSP. A doença, que normalmente afeta idosos com mais de 65 anos, é muitas vezes negligenciada nas fases iniciais, por ser facilmente confundida com o processo normal de envelhecimento. “Se analisarmos somente as falhas de memória, não é possível afirmar que é Alzheimer. O esquecimento de alguns fatos pode ser fruto de alguma dificuldade pela qual a pessoa possa estar passando, problemas familiares, sobrecarga de trabalho, depressão, alcoolismo, drogas, entre outros”, esclarece Bottino. “Antes da pessoa se preocupar, é necessário que um médico investigue essas queixas e demais sinais característicos da enfermidade”, pondera.

O diagnóstico precoce é a chave para impedir que os efeitos da DA avancem e comprometam a qualidade de vida do idoso. Porém, a doença possui uma evolução lenta e isto também é uma barreira para a sua detecção. “Neste momento, a participação e observação da família é fundamental. Prestar atenção nas mudanças de comportamento da pessoa e fazer uma comparação com outros idosos podem ajudar na hora de procurar tratamento”.

No momento em que a DA é diagnosticada, é preciso saber que os esquecimentos continuarão acontecendo cada vez mais, já que a doença não tem cura. Os familiares devem estimular o idoso a manter a mente e o corpo ativos por meio de jogos de tabuleiro, leitura de livros e jornais, palavras-cruzadas, aprendizado de outro idioma ou instrumento musical, caminhadas, e também, manter um convívio social ativo. “Atividades como essas são sempre indicadas aos idosos em geral, principalmente para se tentar retardar o aparecimento da demência, que é mais comum no processo de envelhecimento”, alerta o especialista, que chama atenção para o controle de enfermidades como hipertensão arterial, diabetes, hipercolesterolemia, obesidade e tabagismo, considerados fatores de risco para demência.

Para quem já tem DA, essas medidas e o tratamento medicamentoso com inibidores da acetilcolinestinesterase, podem retardar de forma significativa o declínio da função cognitiva em pacientes com DA leve a moderada. Entre os medicamentos, o Eranz (cloridrato de donepezila) é o único indicado para todas as fases da doença (leve, moderada e grave). Vale lembrar que se iniciado já na fase leve da doença, durante o surgimento dos primeiros sintomas, o tratamento terá resultados ainda melhores. Contudo, o médico deve ser sempre procurado para avaliar e indicar o tratamento mais adequado para cada paciente.

Fique atento aos sintomas iniciais da Doença de Alzheimer

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