15 de junho de 2011 | Saúde

Conheça as técnicas para reprodução humana

Existem diferentes metodologias de reprodução humana, e as mais comentadas são a inseminação artificial e a fertilização in vitro. Saiba mais...

gravidez

Foto: SXC

Uma das áreas da medicina que tem apresentado avanços e interesse crescente é a da reprodução humana, sub-especialidade médica responsável pelo tratamento de casais que apresentam alguma dificuldade de engravidar naturalmente. Hoje, com as tecnologias laboratoriais, a reprodução assistida tem alcançado taxas de sucesso expressivo.

Dra. Rosa Maria Neme, doutora em Medicina na área de Ginecologia pela Universidade de São Paulo e Diretora do Centro de Endometriose São Paulo, comenta que existem técnicas de baixa complexidade, como a indução da ovulação e inseminação intra-uterina, e as de alta complexidade como a fertilização in vitro e a injeção intra-citoplasmática de espermatozóides (ICSI). “O método a ser aplicado é escolhido conforme a avaliação médica em cada caso”, esclarece.

Existem diferentes metodologias de reprodução humana, as mais comentadas são a inseminação artificial e a fertilização in vitro, que são técnicas distintas. Segundo a ginecologista, na inseminação intra-uterina é realizada uma estimulação da ovulação na mulher e o sêmen é colocado diretamente dentro do útero, para que os espermatozóides subam pelas tubas uterinas para encontrar o óvulo. O chamado “bebê de proveta” é a fertilização in vitro, na qual o embrião é colocado pronto diretamente dentro do útero da mulher.

Diversos métodos e um objetivo

As técnicas de reprodução assistida podem ser simples ou com algum grau de complexidade, mas todas, em algum estágio, terão a presença e a interferência do médico especialista em reprodução para ajudar o casal.

No método de inseminação artificial,é realizada uma estimulação da ovulação. No dia em que os folículos estão em um tamanho compatível com a presença de óvulos maduros no seu interior é administrada uma medicação para ocasionar a rotura dos folículos e eliminação dos óvulos do seu interior. “Após 34 horas, coleta-se o sêmen do parceiro que receberá uma preparação em laboratório por centrifugação e adição de nutrientes aos espermatozóides para de melhorar sua motilidade e concentração. Em seguida ele será colocado, por meio de um cateter, diretamente dentro do útero da mulher”, explica Dra. Rosa Neme.

Na fertilização in vitro, há o estímulo dos ovários com uma quantidade maior de hormônios com o objetivo de formar o maior número possível de óvulos. “No momento que os folículos atingem um tamanho médio de 18 a 20 mm, faz-se a coleta desses óvulos por aspiração endovaginal guiada por ultrassom. Estes óvulos são levados ao laboratório, onde são fertilizados com os espermatozóides do parceiro. Depois de dois a cinco dias (dependendo do estágio de evolução que se queira), os embriões – em um número máximo de dois, pelas leis brasileiras – são colocados diretamente dentro do útero da mulher para se implantarem”.

De acordo com a explicação da especialista a transferência de, no máximo, dois embriões, foi regulamentada para que se evite principalmente a ocorrência de gestações múltiplas. “A chance de sucesso de um tratamento é maior com a fertilização in vitro e injeção intra-citoplasmática de espermatozóides (ICSI), com chances em mulheres com menos de 40 anos de cerca de 40 % em centros de referência”, explica.

Com o avanço nas técnicas de reprodução assistida, já é possível um casal optar pelo sexo do bebê, porém esta seleção só é recomendada “em casos de antecedentes de malformações ou doenças ligadas ao sexo em gestações anteriores”, revela Dra. Rosa Neme.

Sucesso e o futuro

Como cada caso de infertilidade tem seu histórico, características peculiares e perfis humanos diferentes, a inseminação artificial não pode ser aplicada a todos os casais porque depende da integridade das tubas uterinas da mulher para poder ser realizada, já que o espermatozóide que é colocado dentro do útero precisa alcançar os óvulos que são liberados dos ovários.

No método in vitro, os embriões excedentes podem ser congelados e, em média, tendem a sobreviver de três a cinco anos. Dra. Rosa conta que nestes casos, a integridade destes após o descongelamento depende, principalmente de sua qualidade no momento em que o congelamento é realizado.

Em relação o sucesso de cada procedimento, a ginecologista relata que na inseminação intra-uterina, a chance pode chegar a 18% e nos casos de fertilização in vitro, pode atingir índices de 40 a 45% em centros de excelência.

Quais os avanços esperados na área de reprodução humana para os próximos anos? “As técnicas de congelamento de óvulos, preservação de embriões e do processo de fertilização do óvulo tem evoluído, aumentando as chances de sucesso nos processos de reprodução assistida”, finaliza Dra. Rosa Maria Neme.

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