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A úlcera gástrica é uma evolução no processo inflamatório das paredes do estômago que provoca lesões abertas e atinge pessoas com idade a partir dos 40 anos com maior incidência no sexo feminino, aparentemente inofensiva, que atinge cerca de 3,5% dos pacientes que chegam ao consultório, mas que se não for tratada pode gerar sérias complicações, alerta o cirurgião geral e gastroenterologista Juliano Fernandes da Costa.
Diversos fatores podem levar ao desenvolvimento de úlcera gástrica, como a má circulação sanguínea no revestimento do estômago e o uso prolongado de alguns medicamentos, antiflamatórios, como aspirina (AAS). Em algumas situações a bactéria Helicobacter pylori também pode desenvolver a doença.
Segundo o especialista a transmissão da bactéria ocorre via fecal-oral, por meio de água e alimentos contaminados. “A mesma bactéria também pode levar ao câncer de estômago se não tratada corretamente”, avisa o especialista.
Os principais sintomas são dores abdominais intensas e queimação, geralmente após as refeições. A dor também pode ocorrer quando o estômago estiver vazio. Algumas pessoas não sentem dor, porém podem ter azia e gases, acompanhados de enjôo e vômitos.
A doença também pode causar algumas complicações como hemorragia e perfuração que ocorrem quando as úlceras não são tratadas a corrosão da parede do estômago em razão do suco digestivo e o ácido gástrico. Além disso, a inflamação crônica de uma úlcera causa deformação local e sua cicatrização reduz o espaço por onde o alimento passa.
Assim que detectada a doença o tratamento deve ser iniciado imediatamente para evitar as complicações. Atualmente o tratamento medicamentoso é muito eficaz no tratamento endoscópico e cirúrgico também tem o seu lugar.
“A prevenção da doença pode ocorrer com a mudança de hábitos. O ideal é ter uma vida saudável, evitar o estresse, que gera alta produção de hormônios e com o tempo causam doenças ao aparelho digestivo. Ingerir muitas frutas e legumes também ajuda evitar acúmulos de ácidos”, explica o médico.