8 de julho de 2010 | Lazer & Bem-Estar

O barulho das vuvuzelas pode causar zumbido permanente nos ouvidos

O barulho de uma única vuvuzela pode alcançar até 120 decibéis, o ruído pode se assemelhar ao de uma sirene. Isso é apenas o que pode causar uma, imagine um campo de futebol cheio desses objetos!

vuvuzelas

Foto: Reuters

O barulho das vuvuzelas ganhou espaço na Copa do Mundo 2010, na África do Sul, e já é símbolo do mundial. Mas a verdade é que o objeto não só alegra os torcedores, mas a brincadeira pode sim trazer muitos problemas à saúde, principalmente para os ouvidos.

Os especialistas no assunto estão muito preocupados com os barulhos causados pela vuvuzela. Segundo Royal National Institute for Deaf People, instituição que cuida de deficientes auditivos no Reino Unido, o som pode causar risco de zumbido temporário e até mesmo permanente.

A médica otorrinolaringologista especialista em Zumbido e precursora das pesquisas sobre o sintoma no Brasil, Dra. Tanit Ganz Sanchez, explica que a melhor forma de proteger os ouvidos das vuvuzelas é através do uso de protetores auriculares.

“O barulho de uma única vuvuzela pode alcançar até 120 decibéis, o ruído pode se assemelhar ao de uma sirene. Isso é apenas o que pode causar uma, imagine um campo de futebol cheio desses objetos! Algumas pesquisas indicam que em conjunto elas podem chegar ao pico 140 decibéis, o som é equivalente a de um avião decolando”, explicou Tanit.

Para quem não sabe o zumbido pode ter várias causas, entre eles, a exposição pelo som ininterrupto e extremamente alto, assim como o barulho gerado pelas vuvuzelas. Atualmente o sintoma acomete 28 milhões de brasileiros, e poucas pessoas sabem que sofrem com ele.

Quando o assunto é zumbido muitos também são os mitos, já que atualmente poucos médicos são especialistas no assunto, e o que é divulgado para as vítimas do problema é que para a síndrome não há cura. Por isso, a maior parte dos pacientes deixa de ter acesso ao tratamento correto e se frustram na busca por informações sobre o sintoma.

Mas aos poucos isso tem mudado, inclusive com ajuda da Dr.Tanit, que faz palestras em todo o Brasil e até mesmo no exterior, ensinando a médicos e ao público geral que para o sintoma existe sim uma cura, mas é necessário fazer um diagnóstico que varia conforme o perfil de cada pessoa.

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