7 de novembro de 2013 | Saúde

Banco de doadores de sangue raro é a única alternativa para grupo de pacientes

De acordo com pesquisadora da Colsan, além da instituição no Brasil de uma política de busca de doador raro, é necessária a conexão dos centros distribuídos pelo país

sangue_raro_vida_equilibrioOs tipos sanguíneos A,B,AB e O e o fator Rh positivo ou negativo não são os únicos grupos sanguíneos existentes. Menos de 1% da população possui características únicas de outros sistemas de sangue menos conhecidos e é provável que um paciente que necessita de sangue raro não receba a transfusão por falta de sangue compatível nos bancos existentes. De acordo com a pesquisadora da Associação Beneficente de Coleta de Sangue (Colsan), Carine Arnoni, é necessário que seja instituída no Brasil uma política de busca de doadores raros, comunicação integrada entre os centros especializados distribuídos pelo país e a centralização do cadastro de doador raro nacional como primeiro passo para diminuir o déficit existente de sangue raro.

Segundo Carine, a busca de doador raro é um processo caro que necessita de investimento. “Hoje alguns centros realizam esta pesquisa, porém de maneira independente e geralmente as unidades de sangue raro não estão disponíveis para a população de uma maneira geral. A Colsan hoje possui a busca de doador raro bem instalada na sua rotina, com triagem por técnicas moleculares e sorológicas. Todo doador raro encontrado é cadastrado no nosso banco de dados e quando um paciente necessita deste sangue este doador é convocado. Caso não tivéssemos este programa, provavelmente estes pacientes não seriam transfundidos”.
O tema será discutido no primeiro dia do Congresso Brasileiro de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (Hemo 2013), em Brasília, dia 7 de novembro. “Levarei a experiência da Colsan na busca de doador de sangue raro, além de falar sobre as técnicas mais utilizadas para a identificação de fenótipos raros”.

Saiba mais sobre fenótipos sanguíneos raros

* Os fenótipos raros estão diretamente relacionados com a etnia. Por ser um país multiétnico, o Brasil conta com diferentes tipos de sangue raro.
* Se um receptor com sangue raro recebe sangue não raro pode desenvolver anticorpo que passa a destruir o sangue transfundido. Isso pode provocar danos renais e até mesmo agravar o quadro clínico do paciente.
* São caracterizados pela presença ou ausência de antígenos, responsáveis pela reação de incompatibilidade nos glóbulos vermelhos. O ideal é nunca transfundir antígenos que o paciente não possua.

Redação Vida Equilíbrio

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