Um levantamento recente realizado pela Gesto Saúde & Tecnologia (GST) aponta que a dor lombar ou lombalgia é líder na causa dos atestados médicos liberados no ano passado. A pesquisa levou em consideração 90 empresas brasileiras, o que soma mais de meio milhão de funcionários. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), 85% da população do mundo sofre ou ainda vai sofrer desse mal.
O Ministério da Previdência Social considera a dor lombar uma das enfermidades que mais gera licenças trabalhistas com duração superior a 15 dias. Já o Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) a aponta como grande motivadora de aposentadoria por invalidez no país.
Segundo o Dr. Antonio Alexandre Faria, ortopedista do Hospital San Paolo, o próprio local de trabalho pode colaborar para essa situação.
“O ambiente corporativo pode sim prejudicar, por exemplo, nos casos em que o trabalhador carrega demasiado peso ou trabalha em posição desfavorável (não ergonômica). Sendo assim, sempre que sentir alguma dor que possa estar relacionada ao trabalho, o indicado é procurar o médico do trabalho responsável (geralmente aquele que fez o exame pré-admissional)”, explica o especialista.
O ortopedista também afirma que a dor lombar pode ser causada por diferentes motivos e tentar se tratar sozinho é um erro. “Tentar mudar algo por si só é como se automedicar”, diz. Entre as causas da lombalgia podem ser listadas má postura, sedentarismo e até a litíase renal (pedra no rim). E, para cada origem, há um tratamento específico. O estresse também pode estar relacionado ao início do problema, pois aumenta a contração muscular, o que intensifica os sintomas de dor.
Ao constatar algum incômodo na região, é essencial buscar um especialista e dar início ao tratamento. “Alterações musculares levarão a um desequilíbrio que, se não tratado, trará alterações na própria coluna lombar. O resultado pode ser instabilidade, prolapsos e até mesmo uma hérnia de disco”, conclui Faria.