12 de julho de 2015 | Saúde

Psicanalista desvenda as características de um psicopata em sociedade

Psicopatia é um transtorno de personalidade e não uma doença mental como muitos pensam.

Psicopatia é um transtorno de personalidade e não uma doença mental como muitos pensam. Estudos norte-americanos apontam que o transtorno acomete cerca de 3% da população mundial, atingindo mais homens que mulheres, de acordo com o mesmo levantamento. No Brasil não há estatísticas oficiais sobre o tema.

A Organização Mundial de Saúde, em sua classificação de doenças, CID-10, define o psicopata como “distúrbio de personalidade dissocial”, com a classificação F60.2. Segundo a psicanalista e pedagoga artística Júlia Bárány, o indivíduo psicopata sabe exatamente o que está fazendo, mas não possui emoções verdadeiras, apenas finge. “Psicopata é um estado de ser no qual existe um excesso de razão e ausência de emoção. Ele sabe o que faz, com quem e por quê. Mas não tem empatia, a capacidade de se colocar no lugar do outro e muitas vezes finge ter”, revela.

Na família, no grupo social e no ambiente profissional, o psicopata entra em cena para localizar alvos interessantes para manipular, sugar e servir aos seus propósitos: poder, controle e até sexo.

As principais características são o desrespeito das regras do convívio social e rituais sociais de relacionamento, ser sempre os centro das atenções e querer comandar. É extremamente educado quando lhe convém. “O indivíduo consegue dominar qualquer conversa e em seu discurso aparece um número grande de vezes as palavras como ‘eu’, ‘meu’ e ‘para mim’. Quer ser sempre o centro das atenções, conta a história de sua vida mostrando quão vítima ele tem sido de tudo, e sem constrangimento algum revela publicamente fatos íntimos de pessoas que as lhe confidenciaram”, diz a especialista.

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