Apenas 7,7% dos pretendentes à adoção aceitam crianças com necessidades especiais

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“Amei meu filho antes mesmo de conhecê-lo”, descreve a dona de casa Maria do Socorro da Silva ao lembrar do dia em que ela e seu marido, o vigilante Fabio Batista da Silva, receberam o telefonema de uma assistente social, dizendo que havia uma criança com deficiência visual disponível para adoção. Casos como este são raros no Brasil, pois, segundo dados do Cadastrado Nacional de Adoção (CNA), dos 33.596 pretendentes registrados, apenas 2.617 aceitam adotar um filho com problemas de saúde ou deficiência, ou seja, cerca de 7,7%.

As estatísticas divulgadas pelo CNA permitem refletir sobre os desafios de se adotar no Brasil, principalmente no que diz respeito à inclusão de menores de idade com alguma necessidade especial no âmbito familiar, que hoje representam 22,31% (1.259) da fila de espera.

“Muitas crianças e jovens acabam ficando invisíveis na lista de adoção por conta de suas necessidades especiais e têm pouca esperança de ganharem uma família”, comenta o assistente social Anderson Almeida, da Laramara – Associação Brasileira de Assistência à Pessoa com Deficiência Visual.

Uma das medidas implementadas pelo Governo para aproximar os dois grupos foi a aprovação da Lei 12.955/14, que estabelece prioridade de tramitação judicial aos processos de adoção envolvendo crianças ou adolescentes com deficiência ou doença crônica. “Em muitos casos, a falta de informação e as barreiras atitudinais são obstáculos que afastam os casais de adotar”, finaliza Almeida.

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