Bebês com alergia ao leite precisam suplemento alimentar

dentes do bebê

Foto: SXC

Apesar da alergia à proteína do leite ser uma doença bastante comum, seu diagnóstico é difícil e depende, em especial, da habilidade e da sensibilidade do médico. Segundo a Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia, as reações a alimentos de causa alérgica acometem de 6% a 8% das crianças com menos de três anos. O problema geralmente surge após o término da amamentação exclusiva, quando os bebês entram em contato com outros tipos de alimentos, sendo que a alergia ao leite de vaca é uma das mais comuns.

Apesar da alta incidência, a detecção da doença é difícil. Isso porque os sintomas mais frequentes – diarreia, prisão de ventre, irritabilidade, cólicas, refluxo, vômito, vermelhidão na pele, perda de peso e chiado – são comuns a outras patologias da infância. A similaridade destes sintomas com outras doenças, pode atrasar a definição da suspeita da alergia alimentar, que pode provocar baixo peso e estatura, comprometendo a qualidade de vida da família.

“Para um diagnóstico preciso, é fundamental a interpretação minuciosa da história clínica e do exame físico, bem como dos exames laboratoriais. Na história clínica, as informações sobre os alimentos ingeridos são muito importantes. Em algumas situações, é possível relacionar o surgimento dos sintomas com a ingestão de determinado alimento; em outras, o quadro não é tão evidente. O chocolate, por exemplo, raramente causa alergia. Quando isso acontece, torna-se necessário pesquisar a alergia ao leite de vaca ou à soja, usados em sua fabricação”, explica o gastroenterologista pediátrico da Universidade Federal de São Paulo, Dr. Mauro Morais.

A história clínica ajuda a determinar o momento do aparecimento dos sintomas, os alérgenos alimentares causadores do problema e o risco de desenvolvimento de alergia. A eliminação de um agente suspeito da dieta, no caso, o leite, durante algumas semanas, é geralmente usada na prática clínica para auxiliar no diagnóstico de alergia alimentar.

No entanto, excluir o leite definitivamente da alimentação de crianças em fase de crescimento pode acarretar uma série de problemas. Nesse caso, é recomendada a substituição por fórmulas de proteína hidrolisada ou de aminoácidos. Nas fórmulas hidrolisadas a proteína foi “quebrada” em pequenos pedaços, reduzindo sua alergenicidade e nas fórmulas de aminoácidos a fração protéica, na verdade, constitui-se de aminoácidos adicionados um a um, 100% não alergênicos. Com uma composição nutricionalmente balanceada, ambas as fórmulas oferecem o aporte atendem as necessidades de proteínas, vitaminas e minerais necessários para o desenvolvimento sadio dos bebês.

“Importante ressaltar que a substituição do leite de vaca por seus equivalentes é de fundamental importância nos casos de alergia, em especial nos pacientes em crescimento. Esse procedimento só pode ser indicado por um profissional de saúde que, preferencialmente, deve contar com o apoio de uma equipe multidisciplinar”, finaliza o médico.

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