Cervicalgia – Dor crônica no pescoço está relacionada à idade

dor no pescoço

Foto: Corbis

Responsável por sustentar o peso de seis quilos da cabeça e realizar mais de 600 movimentos diários, a coluna cervical, localizada na região do pescoço, é vítima de queixas constantes de dor e incômodo. A cervicalgia, como é identificada pelos especialistas, é sintoma de um problema que pode atingir de 30% a 50% da população mundial durante a vida, agravando-se com o passar dos anos.

Composta por sete vértebras, a coluna cervical mantém contato com estruturas importantes do organismo, como a medula espinhal, vasos arteriais e venosos e nervos ligados ao cérebro. Entre 18 e 65 anos, é comum essa região começar a apresentar complicações, e a cervicalgia é um sintoma. “A dor na estrutura cervical é sinal de algum problema. O mais comum é o desgaste físico da coluna, que surge com o envelhecimento”, afirma o cirurgião ortopedista Aldemar Roberto Mieres Rios.

Segundo o médico, as complicações começam nos discos intervertebrais, que são anéis fibrocartilaginosos entre as vértebras, responsáveis por amortecer o peso da cabeça e manter a estabilidade da coluna. “Essas estruturas são compostas por um gel de proteína que se rompe com o passar do tempo, perdendo água e desidratando os discos. Consequentemente, eles perdem sua funcionalidade. Essas alterações também estão relacionadas a fatores genéticos e o modo de vida”, completa Rios.

O problema resulta em outros diagnósticos graves, transformando-se em uma “bola de neve” de doenças degenerativas. “As complicações do envelhecimento da estrutura podem ocasionar hérnias de disco, quando ocorre compressão das raízes nervosas da coluna, ou estenoses, com o estreitamento ou redução do canal por onde passam a medula e os nervos”, alerta.

Coluna cervical é “o muro das lamentações da alma”

A frase de um antigo professor da universidade é lembrada por Rios quando a cervicalgia revela problemas psicossomáticos. Segundo o médico ortopedista, quando a pessoa está com um nível de estresse elevado, por exemplo, a tensão é um fator para contrair a musculatura da coluna cervical, ocasionando a dor no pescoço. Dormência nos ombros, braços e pernas também são sinalizadores de problemas emocionais e físicos, quando ocorre compressão da medula e dos nervos.

O alívio da dor surge com o tratamento adequado da região cervical, que deve ser encaminhado por especialistas. O paciente passa por triagem e exames clínicos antes de iniciar procedimentos mais específicos. “A região cervical é a parte mais sensível da coluna, por isso a dor no local exige cuidados. Não é normal haver incômodo no pescoço durante a noite, quando estamos relaxados. Isso pode indicar tumores ou infecções. Apenas o diagnóstico detalhado do médico pode trazer uma nova perspectiva para a pessoa manter uma vida tranquila”, conclui.

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