Cirurgia de epilepsia pode curar a doença e livrar paciente das crises

A epilepsia é caracterizada por uma desordem cerebral que afeta cerca de 50 milhões de pessoas no mundo,incluindo crianças e adolescentes.
A doença pode causar convulsões frequentes por causa de sinais defeituosos que as células do cérebro enviam, causando espasmos musculares violentos que, em alguns casos, levam à perda de consciência. A epilepsia ainda é envolta por um estigma, mas trata-se de um problema neurológico comum, não é contagiosa e é produto de descargas anormais de células nervosas no nosso cérebro.

O tratamento medicamentoso da epilepsia é feito com remédios que vão diminuindo a duração e o tempo entre as crises epiléticas. Contudo,não existe ainda um medicamento capaz de curar a doença, de modo que o neurologista pode muitas vezes precisar indicar mais de um remédio para maior controle da situação.
Um recurso natural muito usado para prevenir as crises é evitar os fatores que podem desencadear um quadro epiléptico como ouvir música muito alta, frequentar discotecas ou jogar muitas horas de videogame, por exemplo.

Porém, em alguns casos pode ser necessário recorrer ao tratamento cirúrgico da epilepsia e, assim, é feita uma cirurgia para a retirada dos desencadeadores da crise. “Esta é uma cirurgia delicada e só deve ser feita em último caso quando há resistência ao tratamento medicamentoso”, alerta o neurologista Félix Pahl, médico dos Hospitais Oswaldo Cruz e Sírio Libanês e Chefe do Serviço de Neurocirurgia do Hospital do Servidor Público Estadual.

Segundo ele, cerca de 12% dos pacientes estariam aptos a se submeter à operação. “A cirurgia põe um fim às crises quase que imediatamente, mas, para chegar lá, é preciso inicialmente analisar os riscos a cada pessoa. Por isso, não podemos indicar a intervenção cirúrgica para todo paciente”,acrescenta o médico.
Um estudo publicado na revista médica The Lancet, em 2011,revelou que quase metade das pessoas que sofre de epilepsia não tinha tido convulsões por pelo menos dez anos após se submeter à cirurgia. A análise foi liderada por cientistas da National Hospital for Neurosurgery at University College London, na Inglaterra, e acompanhou por 19 anos um total de 615 pacientes que fizeram a cirurgia de epilepsia. Descobriu-se,então, que 82% deles estavam livres de crises um ano após a intervenção; 52%não tiveram convulsões cinco anos após a intervenção e 47% não apresentaram crises mesmo dez anos após a cirurgia.

Redação Vida Equilíbrio

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