Cuidados com a pele na gravidez

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Foto: Corbis

Durante a gravidez a pele revela profundas modificações que ocorrem no organismo materno. Mesmo sendo alterações fisiológicas (próprias do organismo, sem significarem doenças), podem ser motivo de angústia e ansiedade para muitas gestantes. Estas alterações podem permanecer após o parto, ou desaparecerem espontaneamente com o retorno das condições hormonais e metabólicas.

“As alterações pigmentares (manchas na pele) ocorrem em 70 a 80% das grávidas, apresentam formas e localizações variáveis e são decorrentes de alterações hormonais próprias da gravidez. Em geral, as manchas aparecem durante o primeiro trimestre da gravidez, acentuando-se nos últimos meses, quando os níveis hormonais são mais elevados”, explica Carolina Marçon, dermatologista e membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Academia Americana de Dermatologia.

Algumas outras áreas da pele podem escurecer, como axilas, face interna das coxas, abdome, períneo, aréolas mamárias e cicatrizes. Sardas e pintas podem aumentar em número e tamanho e tendem a voltar às suas dimensões normais após o parto. De acordo com a dermatologista, “o distúrbio de pigmentação mais frequente da gravidez é o escurecimento da linha média abdominal, formando uma linha escura vertical no centro da barriga, que recebe o nome de linha nigra. A linha nigra tende a clarear lentamente após o parto, conforme as alterações hormonais forem regredindo. A exposição ao sol pode piorar o problema, independente da localização da mancha”, comenta Dra. Carolina.

Outra preocupação bastante comum entre as futuras mamães está em relação ao aparecimento ou aumento de estrias durante a gravidez. “Nas gestantes, as estrias ocorrem em mais de 70% das pacientes e são encontradas mais comumente no abdome, quadril, nádegas e nas mamas. Elas tendem a se desenvolver a partir da 24a semana gestacional”, diz a médica que enfatiza que a idade, ganho de peso e peso do bebê influenciam significativamente no aparecimento de estrias.

Segundo Dra. Carolina, as estrias não desaparecem após o parto e seu tratamento ainda é difícil. “O uso de emolientes durante a gestação deve ser encorajado, como uma forma de tentar evitá-las, mas não garante que não vão surgir. A pele bem hidratada é mais resistente e menos suscetível a alterações pelo estiramento. O ideal é usar hidratantes potentes e adequados para esse período, de preferência, com orientação médica. Muitos princípios ativos presentes nos cremes hidratantes comuns são contraindicados na gravidez, daí a importância da orientação de um especialista. O controle do peso associado a uma boa hidratação da pele na gravidez é a melhor estratégia.”

A dermatologista salienta também os cuidados que a mulher deve em relação aos mamilos que tendem a ficar rachados por conta da amamentação. “A principal causa de dor e rachaduras ou fissuras nos mamilos é a posição incorreta bebê ao sugar. Os mamilos podem ser machucados quando a posição que seu bebê adota para mamar não é a correta, sendo muito importante o adequado posicionamento do bebê durante as mamadas, a fim de evitar o problema”, complementa a médica.

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