Mulheres jovens são as mais afetadas pela hipertensão no Brasil

prato vazio

Foto: SXC

A jornada dupla – no trabalho e em casa – e a pressão por resultados, o fumo e a falta de exercícios físicos são fatores que aumentam o risco para doenças do coração das mulheres brasileiras. Pesquisa realizada recentemente pelo Ministério da Saúde aponta que, no Brasil, as mulheres são mais atingidas pela hipertensão do que os homens – o problema atinge 27,2% da população feminina, contra 21,2% da população masculina.

Entre as mulheres mais jovens, de 18 a 24 anos, a diferença é ainda maior: elas representam quase o dobro das afetadas pela doença (9,7%) contra 5,1% dos homens da mesma idade. Além das questões genéticas e do sedentarismo, a alimentação inadequada é um fator determinante para o aumento do problema. A pressa para cumprir todas as funções do dia impede muitas vezes que se faça refeições balanceadas e regulares, garantindo o consumo de todos os nutrientes necessários para o bom funcionamento do organismo.

“O excesso da ingestão de gorduras ruins, por exemplo, pode causar aumento dos níveis de colesterol e lípides sanguíneos, entupimento das veias e artérias e, consequentemente, aumento dos riscos de hipertensão e de outros problemas cardiovasculares”, alerta a nutricionista da Unilever, Maria Carla Leone.

A preocupação com a forma física também pode levar as mulheres a dietas inadequadas, que restringem todo tipo de gordura, por exemplo. “É preciso ter atenção com as dietas ‘milagrosas’. As gorduras têm um papel importante na nossa alimentação. Muitas mulheres sabem da relevância das vitaminas, proteínas e fibras, mas ignoram a função das gorduras”, afirma Maria Carla. Segundo a especialista, isso ocorre porque as pessoas ainda não sabem a diferença entre as gorduras boas (mono e poliinsaturadas) e ruins (saturadas e trans).

“Nosso corpo não produz gorduras essenciais, então é preciso ingeri-las por meio da alimentação. É possível encontrar as gorduras boas – que ajudam a reduzir o risco de doenças cardiovasculares quando utilizadas em substituição às gorduras saturadas – em diversos alimentos, como abacate, peixes: salmão e atum, óleos vegetais e seus derivados, como maionese e margarina, por exemplo”, orienta a nutricionista.

Pequenos ajustes no cardápio podem fazer muita diferença nas taxas de colesterol e, consequentemente, na qualidade de vida do indivíduo. “Não é necessário mudar radicalmente os hábitos alimentares para ter uma dieta saudável. Pequenos gestos, como substituir a manteiga por cremes vegetais já traz grandes benefícios para a saúde. E não só para a saúde da mulher, mas da família toda”, finaliza Maria Carla.

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