Perda de audição é fator de risco para quem trabalha na noite

audicaoReunir os amigos e passar uma noite divertida em uma boate ou barzinho com música ao vivo ou eletrônica é rotina para muita gente. O clima festivo anima os frequentadores; mas são os garçons, DJ’s, músicos, barmans e outros profissionais que trabalham diariamente expostos à música alta as principais vítimas de um mal que chega gradativamente: a perda de audição, que é progressiva e irreversível. A permanente exposição ao ruído contínuo, aliado à quantidade de horas em contato com o som alto, provoca um processo conhecido como Perda Auditiva Induzida por Níveis de Pressão Sonora Elevados (PAINPSE).

 

De acordo com Isabela Gomes, fonoaudióloga da Telex Soluções Auditivas, ruídos acima de 85 decibéis já são prejudiciais à audição. Quanto mais repetitivo ou mais alto for o barulho, maior será o dano às células ciliadas da cóclea (órgão responsável pela audição sensorial). “Um ruído próximo a 85 decibéis equivale a um grito”, compara a especialista. Ao longo do tempo, o indivíduo começa a perceber que está perdendo a audição. “Isso pode acontecer aos 35, 40, 50 ou 60 anos; depende da exposição dessa pessoa a tais ruídos, bem como de sua predisposição genética”, explica.

 

Os mais sujeitos à perda de audição são aqueles que trabalham no meio musical, mas os frequentadores de casas noturnas também não estão livres do problema. Segundo o England’s Royal National Institute of Deaf, três em cada quatro frequentadores assíduos de boates e danceterias estão sujeitos e desenvolver surdez precoce.

 

Ainda não existem estatísticas no Brasil sobre este tipo de ocorrência, mas especialistas afirmam que esses profissionais terão dificuldades para ouvir cada vez mais cedo se não reduzirem o tempo de exposição contínua ao som elevado. A fonoaudióloga da Telex, especialista em audiologia, aconselha a consulta ao médico uma vez ao ano para fazer um diagnóstico; inclusive para quem tem casos de perda de audição precoce na família, já que o mal também pode ser genético. “O mais importante é procurar um otorrinolaringologista para avaliar se há alguma perda ou complicação e se existe a necessidade de solicitar exames complementares, mais específicos”, esclarece.

 

Mesmo com o alerta, uma das maiores dificuldades encontradas nesses casos é que os indivíduos, muitas vezes, não percebem os sintomas da diminuição auditiva, dificultando o diagnóstico precoce. Os sintomas iniciais geralmente podem ser: zumbido, sensação de ouvido tapado, dores de cabeça e dificuldades para entender o interlocutor durante uma conversa.

 

Ainda que a perda de audição gradual seja uma possibilidade real para os profissionais da noite, é possível se prevenir. A utilização de protetores de ouvido são fundamentais e ajudam a reduzir os riscos. Os atenuadores em acrílico da Telex, por exemplo, são moldados de acordo com a anatomia do ouvido de cada usuário, de forma a ficar bem ajustados. Eles reduzem o som ambiente em até 25 decibéis. São práticos, podem ser transparentes ou coloridos e são encontrados nas 70 lojas da Telex espalhadas pelo país.

 

Especialistas alertam que um trabalhador não deve ser exposto a uma carga sonora maior que 80 decibéis por mais de oito horas diárias. Se o ruído for ainda maior, atingindo, por exemplo, 98 decibéis, a tolerância permitida é bem menor: pouco menos de 10 minutos diários neste ambiente.

 

Quando fica constatado que já existe a perda de audição, o uso do aparelho auditivo, muitas vezes, resolve o problema, sem causar constrangimentos a quem usa. Cada vez menor e com tecnologia digital, a nova geração de aparelhos desempenha tão bem suas funções quanto a própria audição humana e, o que é melhor, de um jeito moderno e prático. Alguns, inclusive, ficam completamente invisíveis no ouvido, pois são colocados dentro do canal auditivo, como o Claris Di, da Telex. Já se foi o tempo em que usar uma prótese auditiva era motivo de vergonha.

 

Em todo o planeta, 120 milhões já estão com a audição afetada pela exposição a ruídos intensos e podem caminhar para a surdez, já que as células do ouvido não têm a capacidade de se regenerar. “A PAINPSE é cumulativa. Qualquer dano à audição vai se somando ao longo do tempo. Os efeitos podem não ser sentidos e a percepção do dano pode vir tarde demais”, conclui a fonoaudióloga.

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