Saúde emocional X Gravidez

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Decidir ter um bebê e, por algum motivo, isso não acontecer, gera medos e inseguranças que podem transformar a vida do casal. A crise instala-se a partir do rompimento das expectativas e da frustração, se intensifica na medida em que novas frustrações acontecem, principalmente, pelo ponto de vista social (familiares e amigos), financeiro, emocional e físico que os envolve.

Luciana Romano, idealizadora do Grupo Terapêutico Núcleo Corujas, afirma que essa fase desperta uma verdadeira confusão de sentimentos. “É comum observarmos casais que sofrem de angústia, frustração, ansiedade, sensação de fracasso, sentimento de menos valia e impotência, humor deprimido, revolta com o destino e com a fé entre outros, nesses casos o auxílio psicológico é essencial”, explica.

Além das emoções a flor da pele, a intimidade fica enfraquecida e o sexo torna-se mecânico, sem espontaneidade. O foco constante nesta temática prejudica a convivência e a relação do casal. É comum observar que um dos dois, tenha dificuldade em expressar suas decepções, cansaços ou que gostaria de adiar as tentativas.

É necessário o equilíbrio entre a saúde física e emocional para que as possibilidades de gravidez aumentem. A neurociência elucidou a inter-relação entre sistemas nervoso (mente), endócrino e imune. Dependendo das emoções apresentadas e vivenciadas, há alteração na liberação dos hormônios sexuais (estrógeno e progesterona), do cortisol e adrenalina (estresse, ansiedade, expectativa negativa, mau humor), o que justifica a influência do emocional na dificuldade em engravidar.

Graças ao avanço da medicina, é possível encontrar diferentes tratamentos para infertilidade, mas eles costumam ter alto custo e prazos muito longos o que provoca, além da mudança nos investimentos, um nível alto de desgaste físico e emocional. “O processo é desgastante, cansativo e invasivo. O nível de estresse sentido pelo corpo é alto e isso influência diretamente no sistema endocrinológico, imunológico e nervoso da mulher”, explica Luciana.

O primeiro passo é a aceitação, assumir que o casal possui dificuldade para engravidar e procurar ajuda, conscientizando-se do problema. A procura pelo tratamento deve ser de comum acordo do casal e não somente de uma das partes. Após esta decisão em conjunto, o casal deve buscar um médico que lhe transmita confiança e inicie a investigação.

Luciana Romano, do Núcleo Corujas, acrescenta que o diálogo entre o casal é fundamental “Conversem muito entre si e com outros casais que também passaram ou que passam pela mesma situação. Não esqueçam da relação conjugal, intimidade e do diálogo que são tão necessários  para o desenvolvimento de uma família. Procurem ajuda se necessário e não se sintam mal por isso, percebam suas necessidades”.

Vida Equilíbrio

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Quando em excesso, qualquer coisa faz mal. Por isso sempre dizemos que equilíbrio é a palavra chave. Nós, do Vida Equilíbrio, queremos informar a melhor maneira de atingir o equilíbrio entre corpo, mente e alma. Dicas de saúde e bem-estar estão aqui para te ajudar a levar uma vida mais equilibrada e feliz.

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