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A prática de atividade física sempre foi sinônimo de bem estar, além de estimular o emagrecimento e funcionar na manutenção adequada dos níveis ponderais. No entanto, como um modismo dos dias atuais, tornou-se um vício, o que os especialistas costumam chamar de overtraining.
O risco que este excesso de exercícios físicos pode representar para o organismo humano vai muito além das mudanças corporais e metabólicas, podendo levar à morte. O ortopedista do Hospital São Luiz, Dr. Moises Cohen, sinaliza que o primeiro passo a ser tomado, é reduzir as atividades, adequando-as as particularidades e limites de cada indivíduo.
Os primeiros sintomas que podem ser apresentados são: alterações no desempenho físico, perda do estímulo nos treinos e competições, sensação de fraqueza durante e após a prática dos exercícios, redução da coordenação motora, aumento da incidência de lesões, redução de peso, aumento do risco de infecções, como gripes e resfriados freqüentes, alterações no padrão normal do sono. Ainda podem ocorrer, aumento da freqüência cardíaca e consequentemente, do lactato sanguíneo, levando à fadiga.
Segundo o ortopedista, o vício ocorre, pois há liberação de endorfinas, durante e após a prática do exercício, o que promove um bem estar extremamente prazeroso. De imediato, as sensações adicionais são euforia e diminuição das dores musculares.
Nestes casos, a atividade física “crônica” pode levar a uma redução da imunidade, predispondo o organismo a uma série de infecções oportunistas, além de levar, em situações mais graves, a insuficiência renal e cardíaca. No entanto, Dr. Moises alerta que, para que isto aconteça, é necessário um extremo desequilíbrio metabólico entre, a prática da atividade e o tempo de repouso.
Assim, é importante ressaltar que, nestes casos, cuidado não deve ser tomado como um exagero.
Para Cohen, a orientação de um médico é imprescindível no momento de escolha do esporte que se irá praticar, podendo ser escolhido aquele favorito, mas não esquecendo de realizar um trabalho de fortalecimento adequado e alongamento muscular.
Em média, para que a prática de atividade física seja considerada saudável, os exercícios devem ter duração de 40 minutos a uma hora e, serem realizados, de três a quarto vezes por semana.
O ortopedista aponta cinco dicas básicas para quem pretende praticar exercícios físicos com qualidade: