16 de agosto de 2013 | Saúde

Meu filho é seletivo para comer. E agora?

O problema maior reside nas escolhas de alimentos da criança

“Doutor, meu filho não come!” A frase, uma das mais pronunciadas nos consultórios de pediatria, reflete a preocupação das mães com a alimentação dos filhos. Em muitos casos a queixa tem fundamento. Os chamados comedores seletivos (“picky eaters”) estão se tornando cada vez mais comuns. Eles elegem alguns poucos alimentos de preferência e se negam a experimentar novos sabores, para o desespero e angústia dos pais.

“Crianças muito seletivas para comer podem desenvolver transtornos alimentares, gerando uma carência nutricional que pode prejudicar o crescimento e provocar até obesidade, quando as escolhas se restringem a sanduíches, doces e alimentos gordurosos”, explica a pediatra Natasha Mascarenhas, especializada em obesidade infantil e distúrbios alimentares.

Se a hora das refeições é motivo de estresse familiar é preciso dar atenção ao problema. “Às vezes, pequenos ajustes fazem grande diferença para a família. Em outros casos, é preciso buscar ajuda profissional”, recomenda.

A pediatra diz que muitos pais têm a impressão de que os filhos pararam de comer ao redor dos 2 anos de idade. Isso ocorre, segundo Natasha, porque após essa faixa etária a velocidade de crescimento diminui, e por isso a criança tem uma necessidade menor de energia, passando a comer menos. “Além disso, a partir dessa idade a criança tem mais independência e consegue brincar sozinha com seus brinquedos e amigos. Ao ficar muito entretida com as brincadeiras, pode começar a evitar as refeições”, ressalta.

Oferecer, desde cedo, uma variedade de alimentos é uma alternativa para evitar a futura rejeição. “O recomendado é que os alimentos sejam apresentados separadamente, de modo que a criança saiba qual alimento está no prato. Este fator contribuirá muito para a formação de seus conceitos sobre alimentação”, recomenda a nutricionista Paola Moreira, que integra a equipe da Super Healthy.

Legumes, verduras e uma proteína – frango, carne ou peixe – devem compor o prato, de maneira colorida e atrativa. Usar a criatividade e estabelecer rotinas para a hora das refeições também ajuda. “São muitos os vilões da alimentação, então cabe aos pais assumirem o papel de heróis. As crianças se espelham muito nos pais. Se eles tiverem o hábito de comer salada e legumes, os filhos vão seguir este exemplo, vão assimilar esses hábitos”, garante a pediatra.

Redação Vida Equilíbrio

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