9 de setembro de 2010 | Alimentação

Alimentos e utensílios contaminados são risco à saúde

Contaminação de alimentos com agrotóxicos, poluentes e hormônios pode causar problemas que vão desde alterações hormonais até diferentes tipos de câncer

salada

Foto: Corbis

Normalmente, quando se imagina uma refeição saudável, vem à mente a imagem de uma mesa repleta de legumes, verduras e peixes variados. Não é verdade? Pois, talvez isso tenha de ser revisto ou, ao menos, melhor observado pelo consumidor. Um dos motivos é o fato de a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ter constatado que diversos alimentos considerados benéficos à saúde têm quantidades acima do recomendado de agrotóxicos, hormônios e poluentes. Entre eles, estão os peixes, frangos e inúmeros vegetais, como pimentão, cebola, cenoura e tomate.

Segundo a nutricionista funcional Patricia Davidson Haiat, são muitos os alimentos, a exemplo da uva, do morango e do mamão papaia, que estão expostos a altas taxas de contaminantes agrícolas. As substâncias encontradas neles já são proibidas na União Europeia e nos Estados Unidos, e começaram a ser reavaliadas pela Anvisa, embora ainda não existam leis que obriguem sua proibição. “As pessoas acabam tendo contato diário com produtos contaminados, que trazem consequências sérias ao organismo. As implicações vão desde descontroles hormonais até o câncer”, diz a especialista, lembrando que, no grupo mais atingido, estão as crianças, as grávidas e os idosos.

Patricia chama atenção para a necessidade de cuidado também ao ingerir frangos, pois muitas granjas utilizam hormônios para que o animal cresça mais rápido. Nesse caso, o melhor seria optar por frangos orgânicos ou caipiras e alternar esse consumo com carnes e peixes. Mas a nutricionista funcional faz um alerta em relação ao consumo de peixes. “Esses animais sofrem com a contaminação. Em 2009, por exemplo, o governo norte-americano realizou uma pesquisa e constatou que o contágio por mercúrio em peixes de água doce é enorme. Foram encontrados vestígios da substância em todas as amostras coletadas, e em 25% delas a contaminação estava acima dos níveis seguros”, explica.

O sistema nervoso central, o coração e o sistema imunológico são os que mais sofrem com a ingestão dos peixes contaminados. “As crianças e os fetos são mais vulneráveis. Existem estudos que comprovam que o contato do feto com o mercúrio, acumulado no organismo da mãe, pode comprometer o desenvolvimento do bebê, principalmente cerebral. A alta exposição à substância tem ligação com casos de autismo, por exemplo”, afirma Patricia.

E depois de verificar a procedência do alimento, é importante, ainda, ficar atento a outro item culinário que, normalmente, protege os produtos a serem consumidos: o plástico. O material utilizado em vasilhas e potes possui uma substância denominada Bisfenol A, liberada ao ser exposta ao calor, que afeta o sistema endócrino, isto é, os hormônios do organismo. Entre os principais malefícios estão os cânceres de próstata e de mama, atrofia dos órgãos genitais masculinos, infertilidade e anencefalia (ausência de cérebro em recém-nascidos).

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