Anabolizantes e suplementos alimentares, saiba as diferenças

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Foto: Corbis

Na nova novela da TV Globo, “Passione”, o personagem Danilo, interpretado pelo ator Cauã Reymond é um ciclista que participa de competições. Nos últimos capítulos, seu personagem vivencia um drama de consciência por ter trocado, no momento de um exame antidopping, a sua urina, que evidencia o consumo de anabolizantes com a de seu irmão.

Não apenas na novela, mas no meio esportivo, e não raramente, nas academias de todo o país, o termo “bola” é usado para designar anabolizantes, produtos muitas vezes confundidos com os chamados suplementos alimentares.

De acordo com Malu Bastos, nutricionista da ABIAD (Associação Brasileira da Indústria de Alimentos para Fins Especiais e Congêneres), “existe mesmo uma confusão de conceito entre os dois produtos, que precisa ser esclarecida e a novela pode desempenhar esse papel”, afirma.

Ela explica que os suplementos alimentares são produtos elaborados com ingredientes alimentícios, podendo ser adicionados de um ou outro nutriente sintético idêntico ao presente nos alimentos, enquanto os anabolizantes (bola) ou esteróides anabólicos são derivados sintéticos da testosterona e outras substâncias medicamentosas.

“Os Suplementos Alimentares são produtos destinados a suplementar a dieta e que contenham ingredientes como proteínas, vitaminas, minerais, carboidratos, aminoácidos ou a mistura desses nutrientes em quantidades pré-estabelecidas, normalmente ingeridos na forma de cápsulas, tabletes, bebida ou pó para preparo de bebida, tornando-se uma forma conveniente para a obtenção dos nutrientes necessários durante a prática de exercícios ou em competições”, destaca a nutricionista.

Ela observa que todos os suplementos alimentares comercializados atualmente passam pelo crivo da Anvisa para serem comercializados no Brasil. “O número de registro da Anvisa deve constar na embalagem de cada produto e sinaliza que ele foi avaliado pela agência e que seu consumo, nas quantidades sugeridas, é seguro e benéfico ao esportista”.

Malu Bastos lista os principais suplementos alimentares que podem ser encontrados atualmente no Brasil, e que podem beneficiar os esportistas:

  • Protéicos: formulados à base de Proteína do soro do leite (Whey Protein), caseína e/ou Clara de Ovo em pó para preparo de shake, barras ou bebidas;
  • Repositores Energéticos: produtos à base de diversos tipos de carboidratos como maltodextrina, dextrose, frutose, podendo ser adicionados de vitaminas e minerais;
  • Repositores Hidroeletrolíticos: bebidas para hidratação com carboidrato, vitaminas e eletrólitos;
  • BCAAs: como popularmente são conhecidos os aminoácidos essenciais Isoleucina, Leucina e Valina;
  • Hipercalóricos: produtos completos destinados a auxiliar na oferta de caloria, energia e demais nutrientes;
  • Suplementos de Vitaminas e Minerais, isolados ou na forma de complexos vitamínicos.

Já entre os produtos que não podem ser comercializados no Brasil, que podem ser classificados como anabolizantes, estão os “termogênicos e queimadores de gorduras, o ácido linoléico conjugado (CLA), os aceleradores do metabolismo e estimulantes do sistema nervoso central, os precursores do hGH e IGF1 e os anabolizantes e anabolizantes naturais pró-hormonais”, conclui Malu Bastos.

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