24 de fevereiro de 2012 | Saúde

Artrite reumatóide aumenta o risco de fraturas em mulheres jovens

Mulheres com menos de 50 anos de idade que têm artrite reumatóide apresentam mais riscos para fraturas do que aquelas sem a doença

mulher

Foto: Corbis

Pesquisas têm ligado a artrite reumatóide – doença auto-imune debilitante que pode causar inchaço das articulações – com o aumento do risco de osteoporose e de perda óssea acelerada.

De fato, pessoas com mais de 50 anos com a condição são mais propensas a fraturar um osso numa queda ou até mesmo num acesso de tosse. “No entanto, até pouco tempo atrás, não sabíamos que a artrite reumatóide também impacta a saúde óssea dos pacientes mais jovens, muitos dos quais apresentam os sintomas da doença aos 25 anos de idade”, observa o reumatologista Sérgio Bontempi Lanzotti, que dirige o Iredo, Instituto de Reumatologia e Doenças Osteoarticulares.

Um novo estudo, conduzido por pesquisadores da Clínica Mayo, com mais de 2.300 adultos, revelou que mulheres com menos de 50 anos de idade que têm artrite reumatóide apresentam mais riscos para fraturas do que aquelas sem a doença. Os homens na mesma faixa etária também apresentam risco de fraturas, mas este risco não aumenta até que eles envelheçam.

Em síntese, o que a reumatologista da Clínica Mayo, Shreyasee Amin, percebeu foi que as mulheres mais jovens têm um risco aumentado de fraturas. E que este risco se apresenta bem antes dos 50 anos. “À medida em que envelhecemos, nossos ossos tornam-se mais frágeis, mas as mulheres que apresentam artrite reumatóide podem estar em risco particularmente mais elevado, à medida em que envelhecem”, explica a médica.

Risco duplo

São muitos os estudos que constatam um aumento do risco de perda óssea e de fraturas em pacientes com artrite reumatóide. “Pessoas com artrite reumatóide têm um risco aumentado para a osteoporose, por muitas razões. Para começar, os medicamentos a base de glicocorticóides, muitas vezes, prescritos para o tratamento da artrite reumatóide podem provocar uma perda óssea significativa. Além disso, a dor e a perda da função articular causadas pela doença podem resultar em inatividade, aumentando ainda mais o risco de osteoporose”, explica o diretor do Iredo.

A perda óssea provocada pela artrite reumatóide pode ocorrer também como resultado direto da doença. Esta perda óssea é mais pronunciada nas áreas imediatamente ao redor das articulações afetadas. “Preocupante é o fato de que as mulheres, um grupo já em maior risco para a osteoporose, são também duas a três vezes mais propensas que os homens a sofrer com artrite reumatóide ”, destaca Lanzotti.
O estudo da Clínica Mayo reforça a necessidade premente de que as pacientes com artrite reumatóide, incluindo as mais jovens, cuidem melhor de sua saúde óssea. “Diante de uma condição crônica, como a artrite reumatóide, é preciso minimizar os fatores de risco que podem estar contribuindo para o aparecimento da osteoporose e da perda óssea acelerada. Por exemplo, se a paciente é fumante, deve parar de fumar, se é sedentária, deve começar a se exercitar, se a sua dieta não contempla níveis apropriados de vitamina D e cálcio, é preciso buscar a ajuda de um nutricionista”, recomenda o diretor do Iredo.

Estratégias de gerenciamento da osteoporose em pacientes com artrite reumatóide

“As estratégias para prevenção e tratamento da osteoporose em pessoas com artrite reumatóide não são significativamente diferentes das estratégias para aqueles que não têm a doença”, diz Sérgio Lanzotti.

Veja a seguir, o que o médico destaca como relevante:

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