Baixa umidade e poluição aumentam risco de mau hálito

boca

Foto: Corbis

A baixíssima umidade relativa do ar em São Paulo – que chegou a bater a casa dos 12% nesta sexta-feira (27 de agosto), um índice altamente preocupante – pode trazer uma série de problemas para a saúde, inclusive para o hálito da pessoa.

Esse clima pode potencializar o risco da pessoa adquirir o mau hálito ou até agravar a situação de quem já sofre com esse tipo de problema, explica o cirurgião-dentista Arany Tunes, um dos primeiros se dedicar exclusivamente ao tratamento do mau hálito no Brasil – e que em 10 anos já tratou mais de 1.000 casos do tipo.

Segundo ele, a baixa umidade mais a concentração de poluição no ar acarretam problemas respiratórios e assim agravam o ressecamento bucal, diminuindo um mecanismo corporal que é importante para se manter um bom hálito: a salivação.

“Com pouca salivação, ocorre o ressecamento das células que revestem a nossa boca, aumentando a descamação e o mau hálito”, esclarece o doutor Arany, que há 10 anos, atende diariamente pacientes com mau hálito em clínicas de 8 cidades diferentes do Estado de São Paulo (São Paulo, Campinas, Indaiatuba, Sorocaba, Jundiaí, Piracicaba, Santos e São Bernardo do Campo), sendo hoje um dos maiores estudiosos do tema.

Ele explica que algumas medidas para evitar ou minimizar o problema não podem ser esquecidas, principalmente com esse clima atual que aflige os paulistanos:

“Manter uma boa higiene oral, evitar períodos muito longos sem se alimentar, evitar o estresse, ingerir pelo menos 2 litros de água por dia e evitar dietas muito ricas em proteína”, resume o doutor Arany, que é membro efetivo da Associação Brasileira de Halitose (ABHA), de São Paulo, e da International Society for Breath Odor Research (ISBOR), dos EUA, entidades, no Brasil e no exterior, dedicadas a pesquisar exclusivamente o mau hálito.

Mais conhecido popularmente como “bafo” e cientificamente como “halitose”, o mau hálito é um problema de saúde pública mais freqüente e mais grave do que se imagina – principalmente na terceira idade.

Pesquisas recentes mostram que quase 70% das pessoas acima dos 65 anos têm o chamado “mau hálito”.

E não são apenas os idosos que sofrem com o problema: estima-se que pelo menos 30% da população brasileira – cerca de 50 milhões de brasileiros – também tem mau hálito crônico.

Trata-se de um sério problema de saúde pública, mas ainda cercado de mitos, crenças e desinformação.

Arany Tunes explica que o mau hálito pode ter até 60 causas diferentes.

“A halitose não é uma doença, mas um importante ‘sinal’ que o nosso organismo emite para alertar que algo está errado. E esse ‘sinal’ deve ser investigado. O objetivo é descobrir a causa do mau hálito, que deve ser tratada, para eliminar assim todo o problema”, resumiu o doutor Arany Tunes.

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