Balão intragástrico é opção para quem não quer fazer cirurgias de obesidade.

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Foto: Corbis

O percentual de obesos no mundo cresce a cada ano, China e Estados Unidos, lideram as pesquisas do número de pessoas que sofrem com o excesso de peso. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mais da metade da população adulta brasileira está acima do peso, cerca de 48% das mulheres e 50,1% dos homens acima de 20 anos.

Muito mais do que uma preocupação estética, a obesidade, caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura no corpo, provoca uma predisposição maior a doenças, como problemas de coração, diabetes, sem contar que pessoas com este problema têm uma expectativa de vida menor do que uma outra de peso normal.

Para combater este mal, que na maioria das vezes é causada pela falta de exercícios e alimentação inadequados, especialistas e estudiosos desenvolveram novas técnicas terapêuticas. Um tratamento que vem sendo recomendado por alguns especialistas é o balão intragástrico, realizada por endoscopia, que é um tratamento não cirúrgico.

Esta opção de tratamento para obesidade utiliza uma prótese de silicone com formato esférico, que possui uma superfície lisa e apresenta uma válvula por onde é insuflada dentro do estômago do paciente. “A presença do balão dentro do organismo provoca uma sensação de saciedade de forma precoce, diminuindo o volume na alimentação.”, destaca o Dr. Antonio Celso Moraes, que é especialista em cirurgia digestiva, gastroenterologia e nutrologia.

Segundo o especialista, o método pode ser utilizado em qualquer paciente que busque emagrecimento, e não queira usar medicamentos e nem submeter-se a uma cirurgia. “Os pacientes podem estar com 15 a 20 kg acima do peso ou muito acima disso. Mas, antes é necessário que a pessoa que queira se submeter ao tratamento passe por uma avaliação de perfil emocional e nutrologica, além de exames como endoscopia previa e de sangue rotineiros.”, destaca Moraes.

O procedimento é realizado em ambiente hospitalar, o paciente é submetido a uma sedação anestésica, e através da endoscopia, coloca-se o balão no estomago. Em média o processo dura cerca de 20 minutos. “É importante salientar que o balão tem baixíssimo risco, pode provocar apenas náuseas e vômitos nos primeiros dias.”, destaca o especialista que é titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e da Federação Internacional de Cirurgia de Obesidade.

No pós-cirúrgico o paciente terá que se submeter a uma dieta especial, nos primeiros dias líquidos para adaptação, depois pastosos, depois retorna alimentação normal, porém com menor quantidade. “Existe a necessidade de uma reeducação alimentar com uma dieta fracionada. o balão é coadjuvante ao tratamento, pois é importante a mudança comportamental, melhorar os hábitos alimentares, fazer exercício físico, tratar distúrbios hormonais que possam existir, entre outras atitudes.”, alerta Dr. Antonio Celso Moraes.

O paciente fica com o balão intragástrico em média por oito meses e o procedimento de retirada é tão simples quanto a colocação, também por endoscopia. Este tratamento só é recomendado para pessoas com mais de 15 anos.

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